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Coliseu de Roma |
O Coliseu de Roma é um dos principais pontos turísticos da Itália e do mundo. Ele recebe nada mais
nada menos do que quatro milhões de turistas todos os anos às suas ruínas que
foram muito bem preservadas pelo tempo. Em 2007 foi eleito umas das "Sete Maravilhas do Mundo Moderno". Localizado bem no centro da capital italiana, rodeado
por avenidas, ele é considerado o principal sítio arqueológico da cidade. Fica na Piazzale Del Colosseo, na Via
dei Fori Imperiali. O Coliseu, também conhecido como Anfiteatro Flaviano, é um Anfiteatro oval
construído no período da Roma Antiga.
Deve seu nome à expressão latina Colosseum,
devido à estátua colossal do imperador romano Nero, que ficava perto da
edificação. Foi construído a leste do Fórum Romano e demorou entre oito a 10 anos para
ser construído. A grandeza deste monumento testemunha verdadeiramente o poder e
esplendor de Roma na época dos “Flávios”.
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O Coliseu de Roma na Via Dei Fori Imperiali |
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O Coliseu de Roma e as ruínas do Fórum Romano |
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Coliseu de Roma |
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Coliseu de Roma |
Vespasiano
morreu mesmo antes de o Coliseu ser
concluído. O edifício tinha alcançado o terceiro piso e Tito, seu sucessor e
herdeiro, foi capaz de terminar a construção tanto do Coliseu como dos banhos públicos adjacentes (que são conhecidos
como as Termas de Tito) apenas um
ano depois da morte de Vespasiano. A grandeza deste monumento testemunha
verdadeiramente o poder e esplendor de Roma
na época dos Flávios. Outras modificações foram feitas durante o reinado de
Domiciano (81-96), irmão mais novo de Tito. Estes três imperadores são
conhecidos como a Dinastia Flaviana
e o Anfiteatro foi nomeado em latim desta maneira por sua associação com o nome
da família (Flavius). O lazer
costumava ser proporcionado por combates entre homens, entre animais, entre
homens e animais e até entre embarcações, pois a arena podia ser inundada. O Coliseu era inundado por dutos
subterrâneos alimentados pelos aquedutos que traziam água de longe. Em Roma não faltava o que fazer. Suntuoso, era mais confortável do que muitos estádios
modernos. Séculos de abandono e saques transformaram-no numa
casca, basicamente sem piso nem assentos. Projetos de restauração arrastam-se
eternamente.
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Anfiteatro Flaviano |
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Anfiteatro Flaviano |
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Coliseu de Roma |
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Coliseu visto do Fórum Romano |
O Coliseu, não estava inserido numa zona
de encosta, enterrado, tal como normalmente sucede com a maioria dos teatros e
anfiteatros romanos. Em vez disso, possuía um "anel" artificial de
rocha à sua volta, para garantir sustentação e, ao mesmo tempo, esta
subestrutura serve como ornamento ao edifício e como condicionador da entrada
dos espectadores. O edifício foi construído em mármore, pedra travertina,
ladrilho e tufo (pedra calcária com grandes poros). A sua planta elíptica mede dois
eixos que se estendem aproximadamente de 190 metros por 155 metros. A fachada
compõe-se de arcadas decoradas com colunas dóricas, jônicas e coríntias, de
acordo com o pavimento em que se encontravam. Esta subdivisão deve-se ao fato
de ser uma construção essencialmente vertical, criando assim uma diversificação
do espaço.
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Arena do Coliseu de Roma |
A arena era
como um grande palco (87,5 metros por 55 metros) possuía um piso de madeira, e
se chama arena porque era coberta de areia para esconder as imperfeições e absorver
o sangue dos combates, sob o qual existia um nível subterrâneo com celas e
jaulas que tinham acessos diretos para a arena. Os animais podiam ser inseridos
nos duelos a qualquer momento por um esquema de elevadores que surgiam em
alguns pontos da arena. Formado por cinco anéis concêntricos de arcos abóbadas, o Coliseu representa bem o avanço introduzido pelos romanos à
engenharia de estruturas. Esses arcos são de concreto (de cimento natural)
revestido por alvenaria. Na verdade, a alvenaria era construída simultaneamente
e já servia de forma para a concretagem.
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Arena do Coliseu de Roma |
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Arena do Coliseu de Roma |
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Anfiteatro Flaviano |
Os assentos
eram em mármore e a cávea, escadaria
ou arquibancada, dividiam-se em três partes, correspondentes às diferentes
classes sociais: o pódio, para as
classes altas; as maeniana, setor
destinado à classe média; e os portici,
ou pórticos, construídos em
madeira, para a plebe e as mulheres. O pulvinar, a tribuna imperial, encontrava-se situada no pódio e era
balizada pelos assentos reservados aos senadores e magistrados. Rampas no
interior do edifício facilitavam o acesso às várias zonas de onde era possível
visualizar o espetáculo, sendo protegidos por uma barreira e por uma série de
arqueiros posicionados numa passagem de madeira, para o caso de algum acidente.
Por cima dos muros ainda são visíveis as mísulas,
que sustentavam o velarium, enorme
cobertura de lona destinada a proteger do sol os espectadores e, nos
subterrâneos, ficavam as jaulas dos animais, bem como todas as celas e galerias
necessárias aos serviços do anfiteatro. Empresa colossal, este edifício,
inicialmente, poderia sustentar no seu interior cerca de 50 mil espectadores,
em três andares. Durante o reinado de Alexandre Severo e Giodano III, foi
ampliado com um quarto andar, podendo abrigar então cerca de 80 mil
espectadores.
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Corredores do Coliseu de Roma |
Os jogos
inaugurais do Coliseu tiveram lugar
no ano 80, sob o comando de Tito, para celebrar a finalização da construção.
Depois do curto reinado de Tito começar com vários meses de desastres,
incluindo a erupção do Vesúvio de
79, um incêndio em Roma em 64 e um
surto de peste, o mesmo Imperador inaugurou o edifício com jogos pródigos que
duraram mais de 100 dias, talvez para tentar apaziguar o público romano e os
deuses. Nesses jogos de 100 dias teriam ocorrido combates de gladiadores, lutas
de animais, execuções, batalhas navais, caçadas de animais selvagens importados
das colônias romanas na África e
outros divertimentos numa escala sem precedentes. Os animais mais utilizados
eram os grandes felinos como leões, leopardos e panteras, mas animais como
rinocerontes, hipopótamos, elefantes, girafas, crocodilos e avestruzes eram
utilizados também. Estima que, só nesse período,
centenas de gladiadores e cerca de cinco mil animais ferozes tombaram mortos em
sua arena. Os jogos levavam o público ao delírio. Para não morrer
nas garras de animais selvagens, 29 prisioneiros fizeram um acordo. Eles
matariam uns aos outros, nas celas da prisão, minutos antes do espetáculo
começar.
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Corredores do Coliseu de Roma |
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Arquibancada ou Cávea do Coliseu de Roma |
Recreações de cenas naturais eram também realizadas no Coliseu. Pintores, técnicos e
arquitetos construíram simulações de florestas com árvores e arbustos reais
plantados no chão da arena. Animais seriam então introduzidos para dar vida à
simulação. Esses cenários podiam servir só para agrado do público ou como pano
de funda para caçadas ou dramas representando episódios da mitologia romana,
tão autênticos quanto possível, ao ponto de pessoas condenadas fazerem o papel
de heróis onde eram mortos de maneiras horríveis, mas mitologicamente
autênticas, como mutilados por animais ou queimados vivos.
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Arquibancada ou Cávea do Coliseu de Roma |
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Arquibancada ou Cávea do Coliseu de Roma |
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Entrada dos gladiadores |
O Coliseu permaneceu como sede principal dos espetáculos da urbe
romana até o período do Imperador Honório, no século V. Foi danificado por um terremoto no começo
do mesmo século e foi alvo de uma extensiva restauração na época de
Valentiniano III. Em meados do século XIII, a Família Frangipani transformou-o em fortaleza, mas foi mais tarde
usado como habitação, oficina, pedreira (o
material usado na construção de diversas igrejas de Roma era, na realidade, parte das ruínas do Anfiteatro),
sede de ordens religiosas e templo cristão e, ao longo dos séculos XV e XVI,
foi diversas vezes saqueado, perdendo grande parte dos materiais nobres com os
quais tinha sido construído. Embora esteja agora em ruínas, o Coliseu sempre foi visto como símbolo
do Império Romano, sendo um dos melhores exemplos da sua arquitetura. O Coliseu
só não sumiu do mapa porque a Igreja, por volta do século XVII, passou a
defender que o local deveria ser motivo de peregrinação e respeito, afinal
inúmeros cristãos teriam morrido ali. Além
disso, o Papa a lidera a procissão da Via Sacra até lá todas as Sextas-feiras Santas.
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Entrada dos gladiadores |
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Piazzale Del Colosseo |
Mas não deixe esse mar de sangue
te assustar. Seja por conta da história ou da arquitetura, a visita ao Coliseu é uma das coisas mais marcantes
que você pode fazer em Roma. Atualmente, o atrativo abriu inúmeras zonas do Anfiteatro
que até alguns anos tinham acesso proibido aos turistas, bem como as masmorras
dos gladiadores e os corredores subterrâneos. A visita às ruínas do Coliseu é fascinante, uma verdadeira
viagem ao passado. Como a atração é bastante famosa, a dica é adquirir a
entrada com antecedência, pois assim o visitante evita as enormes filas que se
formam no local desde cedo. Então, chegue o mais cedo possível. Chegando cedo você consegue ver tudo com calma e
depois ir para o Fórum Romano, que é
ao lado. É possível fazer a visita interna ao Coliseu com áudio guia e em português. Na hora de comprar o seu
ingresso você tem a opção de pagar alguns Euros
a mais para utilizar o áudio guia. Durante o trajeto são passados diversos
trechos de filmes que reproduzem a estrutura em funcionamento do Coliseu em sua época áurea com
explicações sobre o que se vê em cada ponto do passeio. Outra opção é
fazer o tour noturno no Coliseu, é que além da beleza das luzes da noite,
esse tour, feito em grupos bem menores, te dá o direito de pisar na arena e no
subsolo do prédio, onde ficavam os gladiadores e os animais.
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Piazzale Del Colosseo |
Vista roupas leves, um
tênis e tenha sempre em mãos uma garrafinha de água, principalmente se estiver
no verão, pois o calor romano é super forte. O legal é que existem diversas
fontes de água potável nas quais você pode reabastecer a garrafinha
gratuitamente. Para quem desejar há uma loja de souvenires no segundo andar do Coliseu, com várias opções de
lembrancinhas para levar para família e amigos. Se optar por comprar depois, há
souvenires espalhados pela cidade de Roma
em lojas e bancas que, inclusive, são mais baratos.
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