sábado, 27 de fevereiro de 2016

Paris - Musée Du Louvre

Musée Du Louvre e a Pirâmide de Vidro
Um passeio pelo Museu do Louvre é parada obrigatória de quem vai à Paris. É um recanto que agrada  tanto aos amantes da arte como às pessoas comuns que, depois de um dia passeando pelo Museu torna-se um apaixonado por arte. O Museu é grandioso e une o antigo ao moderno e contemporâneo. O passeio ao Museu começa logo no seu acesso, onde podemos ver os prédios que compõem o complexo e a famosa Pirâmide de Vidro do Louvre, com 21 metros de altura e 200 toneladas de vidro e vigas, que evocando uma entidade histórica como as Pirâmides, dá um ar de modernidade ao Museu. Sendo assim, seja durante o dia ou durante a noite, não perca a oportunidade de visitar o Louvre.

Musée Du Louvre e a Pirâmide de Vidro

Musée Du Louvre e a Pirâmide de Vidro
O Musée Du Louvre, instalado no Palais Du Louvre, em Paris, é um dos maiores e mais famosos museus de arte do mundo. Localiza-se no 1º arrondissement de Paris, entre o Rio Sena e a Rue de Rivole dos Champs-Élysées, e dá forma assim ao núcleo onde começa o Axe Historique (Eixo Histórico). É onde se encontra a Mona Lisa, a Vitória de Samotrácia, a Venus de Milo, enormes coleções de artefatos do Egito Antigo, da civilização greco-romana, artes decorativas e aplicadas, e numerosas obras-primas dos grandes artistas da Europa como Ticiano, Rembrandt, Michelangelo, Goya e Rubens, numa das maiores mostras do mundo da arte e cultura humanas. Aproximadamente 38 mil objetos, da Pré-História ao século XXI, são exibidos em uma área de 72.735 metros quadrados. O Museu abrange, portanto, oito mil anos da cultura e da civilização tanto do Oriente quanto do Ocidente.

Musée Du Louvre e a Pirâmide de Vidro

Pirâmide de Vidro do Musée Du Louvre
É no pátio do Louvre que se inicia o Eixo Histórico de Paris: trata-se de um alinhamento monumental de edifícios e de vias de comunicação que parte do coração da cidade para a direção oeste. Ele começa na Estátua de Louis XIV no pátio principal do Palais Du Louvre e continua através do Jardin des Tuileries, da Place de La Concorde, dos Champs-Élysées e termina no Arc de Triomphe no meio da Place Charles de Gaulle (antiga Place de l'Étoile). A partir dos anos 1960, a perspectiva do Eixo foi prolongada mais para oeste pela construção do bairro de negócios de La Défense, onde se situa a maior parte dos arranha-céus da área urbana parisiense. A perspectiva recebeu o toque final em 1989 com a construção do Grande Arche de La Défense

Pirâmide de Vidro do arquiteto Leoh Ming Pei

Musée Du Louvre e a Pirâmide de Vidro
Se um ser de outro planeta desejasse ter acesso a uma amostra significativa da arte e da cultura terrestre, encontraria com certeza uma síntese da produção humana nos corredores do Louvre. Este edifício foi arquitetado entre 1852 e 1857, durante o reinado de Napoleão III. Ele serviu de sede do Ministério da Fazenda, de 1871 a 1989. Antes, porém, foi conhecido como ‘Castelo do Louvre’, instituído por Filipe II, em 1190, para atuar como um forte na defesa de Paris contra os vikings, as fundações da torre original da fortaleza estão sob a Salle des Cariatides (Sala das Cariátides) agora. O Castelo do Rei Felipe Augusto possuía um ar obviamente bélico, com muralhas e torres; foi testemunha histórica da Idade Média. O Palais Du Louvre foi sede do governo monárquico francês desde a época dos Capetos medievais até o reinado de Louis XIV.

Pirâmide de Vidro e o Arc de Triomphe du Carrousel

Estátua de Louis XIV
No século XIV, o Rei Carlos V imprimiu um ar menos espartano ao complexo, agora transformado em residência real; depois passou por diversas mudanças, ganhando status social ao metamorfosear-se em castelo real. Os ares palacianos surgiriam pela vontade dos soberanos renascentistas Francisco I (que demoliu o antigo castelo e trouxe Leonardo da Vinci para a França - com a Mona Lisa a tiracolo) e Henrique IV (que aqui abrigou artistas que montaram ateliês em seus recintos). Mais tarde, reis como Louis XIII e Louis XIV também dariam contribuições notáveis para a feição do atual Palais Du Louvre, com a ampliação do Cour Carré (Quadrilátero) e a criação da Colunata de Perrault. As transformações nunca cessaram na sua história, e a antiga fortaleza militar medieval acabaria por se tornar um colossal complexo de prédios, hoje devotados inteiramente à cultura. Devido à expansão urbana da cidade, a fortaleza acabou por perder sua função defensiva e, em 1546, foi convertida por Francisco I na residência principal dos reis franceses.

A Pirâmide de Vidro
Em 1682, Louis XIV escolheu o Palais de Versailles como sua residência, deixando o Louvre principalmente como um lugar para exibir a coleção real, incluindo, a partir de 1692, uma coleção de esculturas antigas gregas e romanas na Sala das Cariátides. No mesmo ano, o Palais, então desabitado, foi ocupado pela Académie des Inscriptions et Belles-Lettres e logo a Academia Real de Arquitetura, a Academia Real de Música e a Academia Real de Pintura e Escultura também se instalaram ali. A Académie permaneceu no Louvre por 100 anos. No prédio, também aconteceram, a partir de 1699, os tradicionais Salões de Arte promovidos pela Academia de Pintura e Escultura, que atraíam multidões. De início, organizados na Grande Galeria, os Salões, de 1725 em diante, passaram a acontecer no Salon Carré, de onde derivou o nome destas exposições – Salão. 

Entrada da Ala Sully
Por outro lado, entre 1750 e 1785, espaços no Palais Du Luxembourg foram reservados para exibição de obras-primas selecionadas das coleções reais, numa exposição que teve grande sucesso. Em vista disso, o Marquês de Marigny, Superintendente Geral dos Edifícios do Rei, e seu sucessor, o Conde de Angivillier, desenvolveram a ideia de tornar o Louvre um museu permanente. O projeto se transformou em lei em maio de 1791, durante a Revolução Francesa, quando a Assembleia Nacional Constituinte decretou que o Louvre deveria ser usado como um museu para exibir as obras-primas da nação. Assim, foi o museu inaugurado como Museu Central das Artes em agosto de 1793, com um acervo formado principalmente por pinturas confiscadas à família real e aos aristocratas que haviam fugido da Revolução Francesa, exibidas na Grande Galeria e no Salão Quadrado. O público tinha acesso gratuito, mas apenas nos fins de semana, ficando os outros dias reservados para o trabalho dos artistas que desejavam, ali, estudar as obras dos grandes mestres, determinação que ficaria em vigor até 1855. Gradualmente, a coleção foi expandida e ocupou muitas salas do complexo.

Museu do Louvre com a Pirâmide de Vidro
e o Arco do Carrossel ao fundo
No Período Imperial, o Museu adotou o nome de Museu Napoleão, sendo, Dominique-Vivant Denon, seu primeiro diretor. Napoleão ordenou reformas e embelezamentos no edifício, e suas conquistas sobre outros países renderam uma grande quantidade de novas peças para o Louvre. Com a expansão colonialista francesa durante o século XIX, uma série de antiguidades do Oriente Médio e Egito foram "importados” pelos franceses. Com a queda do Imperador em 1815, as nações espoliadas reclamaram seus tesouros, despovoando as galerias do Museu.

Museu do Louvre com a Pirâmide de Vidro
e o Arco do Carrossel ao fundo
Em 1824, foi criado o Museu da Escultura Moderna na Galeria d’Angoulême, com cinco salas para exibição de peças provenientes do Museu dos Monumentos Franceses e do Palais de Versailles. Em 1826, Jean François Champollion, o homem que decifrou a Pedra de Roseta, se tornou o primeiro diretor do novo Departamento de Antiguidades Egípcias. No ano seguinte, foi criado o Museu Carlos X no primeiro pavimento da ala sul do Cour Carré, com uma coleção de antiguidades egípcias, bronzes antigos, vasos etruscos e artes decorativas medievais e renascentistas, ao mesmo tempo em que na ala norte se instalava o Museu da Marinha. Por um breve período, entre 1838 e 1848, uma importante coleção de mais de 400 pinturas espanholas foi mostrada na Galeria Espanhola, criada por Louis Filipe, até ser vendida em Londres poucos anos depois. Não obstante, a presença desta coleção na França, que pouco conhecia da arte espanhola, foi uma influência decisiva sobre artistas como Corot e Manet.

Entrada do Museu embaixo da Pirâmide de Vidro
Com o desenvolvimento da arqueologia e novas escavações e aquisições no Oriente, uma quantidade de relíquias da Antiguidade foi transportada para o Museu, dando origem à fundação no Louvre do primeiro Museu de Assiriologia da Europa, inaugurado em 1847. Este foi seguido em breve pela criação do Museu Mexicano, do Museu Etnográfico e do Museu da Argélia, atendendo ao gosto pelo exótico que se tornava uma voga na época, e ao crescente interesse dos estudiosos pelas artes tradicionais de outros povos, sendo instalados no Pavilhão de Beauvais. Também nesta época se acrescentaram três novas grandes galerias ricamente decoradas.

Entrada da Galeria de Apolo
Sob Napoleão III, foi aberto o Museu dos Soberanos na Colunata de Perrault, dedicado a exibir as relíquias da monarquia francesa desde Quilderico I até Napoleão, constituindo um acréscimo importantíssimo ao Departamento de Artes Decorativas. Também foi terminada a ala norte, ligando o Louvre e o Palais des Tuileries, incluindo outras alas menores internas e pátios, conformando o Cour Napoleon, finalizado em 1857, com decoração acabada em 1861. Outro acréscimo importante foi a aquisição da coleção do Marquês de Campana, com mais de 11 mil peças de pintura, artes decorativas, esculturas e antiguidades, formando o Museu Napoleão III. Durante a Comuna de Paris, o Palais des Tuileries, um grande símbolo da monarquia, foi incendiado, e o fogo chegou a ameaçar o Louvre. Depois de longa hesitação entre a reconstrução do Palais perdido ou sua demolição, decidiu-se por esta, marcando o início do Louvre moderno. Foram reconstruídas as extremidades do antigo Palais des Tuileries, hoje os Pavilhões de Flora e Marsan, e duplicou-se a ala norte. Escavações no Oriente trouxeram novas peças para o Departamento de Antiguidades do Oriente Próximo recentemente criado, sendo apresentadas ao público em 1888 em salas novas.

Pirâmide de Vidro vista por dentro do Museu
O início do século XX viu nascer o Museu de Artes Decorativas, criado em função das Exposições Universais de Paris. Na sequência, uma grande doação da Baronesa Derlot de Gléon, e mais a reunião de outras peças similares anteriormente dispersas nas seções de artes decorativas, levou em 1922 à abertura de uma galeria exclusivamente para Arte Islâmica no Pavilhão do Relógio, e logo o Diretor dos Museus Nacionais, Henri Verne, lançou um plano ambicioso de expandir os espaços disponíveis para arte no Palais, que até então abrigava também diversos escritórios da administração pública. Assim, foram reorganizadas várias galerias para escultura antiga, escultura europeia, pinturas, arte egípcia e do Oriente Próximo, e artes decorativas.

Escultura no Jardin Cour Marly
Com a eclosão da Segunda Guerra Mundial, as coleções foram evacuadas, com exceção das peças mais pesadas, que permaneceram protegidas por sacos de areia. O acervo foi inicialmente depositado no Castelo de Chambord e, a seguir foi disperso entre vários locais, permanecendo constantemente em mudança, por medidas de segurança. Mesmo esvaziado, o Museu reabriu ao público em 1940 com uma coleção de cópias em gesso de estátuas célebres. Em 1943, com a coleção ampliada, o Museu da Marinha foi transferido para o Palais de Chaillot. Depois da Guerra, se iniciou um plano para reorganização geral de todas as coleções estatais de arte. A coleção de arte asiática do Louvre foi designada para o Museu Guimet, e foi incorporado o Pavilhão Jeu de Paume como Museu do Impressionismo. Com a saída do Ministério das Finanças do Pavilhão de Flora em 1961, tornou-se livre um grande espaço adicional, possibilitando a melhor acomodação de seções de pintura, desenhos e do Departamento de Escultura, instalando-se também laboratórios de restauro e oficinas. Os espaços liberados foram inaugurados oficialmente em 1968 com uma exposição de arte gótica da Europa.

Escultura no Jardin Cour Marly
A década de 1970 foi marcada pela crescente necessidade de adequar os espaços de exposição aos novos conceitos museológicos e de se oferecer melhores instalações para os visitantes. Destarte, em 1981, o presidente François Mitterrand lançou o projeto do Grand Louvre, para devotar o Palais Du Louvre em sua inteireza às artes. Como consequência, os escritórios do Ministério das Finanças que ainda permaneciam na Ala Richelieu foram deslocados para outros edifícios e finalmente o Louvre pôde dispor de todos os seus espaços. O arquiteto sino-americano Leoh Ming Pei foi premiado com o projeto e propôs uma Pirâmide de Vidro para o pátio central. A Pirâmide e seu átrio subterrâneo foram inaugurados em outubro de 1988. A segunda fase do plano do Grand Louvre, La Pyramide Inversée (A Pirâmide Invertida), foi concluída em 1993. Foram iniciadas grandes renovações em todo o Museu, cujo coroamento visível é a Grande Pirâmide que ora serve de entrada principal. 

Esculturas no Jardin Cour Marly
A reestruturação do acervo, mais coleções do Museu Nacional Arte Moderna, deram origem ao Museu d’Orsay. Enquanto isso, as reformas continuavam no complexo principal em torno do Cour Carré, com a reforma da Ala Richelieu, a inauguração da Ala Sackler para antiguidades do Oriente Próximo e a abertura de grandes espaços novos para as antiguidades egípcias. Em 1996, foi anunciada a criação de um museu para a arte étnica, inaugurado em 2000 no Pavillon des Sessions com cerca de 100 peças representativas de suas culturas, e continua em curso a reacomodação de todo o Departamento de Arte Islâmica. A partir de 2002, o atendimento dobrou desde a sua conclusão.

Jardin Cour Marly
O Museu é administrado pelo governo francês por meio da Réunion des Musées Nationaux. Sua frequência de visitantes é surpreendente, o que fez dele o Museu mais procurado do Planeta. O Palais Du Louvre é uma estrutura quase retangular, composto pela Place Du Cour Carrée e duas alas que envolvem o Cour Napoléon a norte e ao sul. No coração do complexo, está a Pirâmide do Louvre, acima do Centro dos Visitantes. Para se localizar neste vasto edifício de três fachadas laterais, as quais ostentam os nomes de importantes funcionários estatais – Ala Sully, Ministro da Fazenda de Henry IV a leste, que contém o Cour Carrée e as partes mais antigas do Louvre; Ala Richelieu, Ministro de Louis XIII ao norte, que abrange a ala paralela à Rue de Rivoli; e Ala Denon, Primeiro-Ministro do Museu Central de Arte, durante o reinado de Napoleão I, a ala que faz fronteira com o Rio Sena para o sul. Quando se chega ao Museu logo na entrada é fornecido um mapa (existe em várias línguas) para nos direcionarmos lá dentro. Todas as alas possuem acesso através da Pirâmide.

Jardin Cour Marly
Há igualmente neste Museu quatro níveis: o subterrâneo e três andares, divididos em diversas sessões - Antiguidades Orientais, Egípcias, Gregas, Romanas, Esculturas e Louvre Medieval. Há no Louvre vastas galerias, expondo ao público a História da Arte desenvolvida pela Humanidade ao longo do tempo. A Ala Denon é uma das mais percorridas até hoje, pois oferece ao olhar encantado dos visitantes as criações dos artistas mais célebres, principalmente, a obra-prima de Leonardo da Vinci, La Gioconda, mais conhecida como o retrato da Mona Lisa. São mais de 60 mil metros quadrados de área nesse gigantesco acervo de arte de inúmeras épocas e culturas do mundo, por isso vale reforçar a premissa de que o ideal é reservar mais de um dia para a visita. O acervo do Museu do Louvre possui mais de 380 mil itens e mantém em exibição permanente mais de 35 mil obras de arte, distribuídas em oito departamentos. A seção de pintura é a segunda maior do mundo, logo atrás da do Museu Hermitage, com quase 12 mil peças, sendo que delas seis mil estão em exposição permanente.

Escultura no Cour Marly
A visita ao Museu do Louvre já começa de forma teatral, com a Pirâmide de Vidro dando as boas-vindas aos turistas e apreciadores de arte. A solução encontrada por Pei não só ofereceu um novo cartão-postal à Paris, mas também uma tão aguardada entrada (decente) para o edifício. Além disso, inundou de luz todo o Hall Napoleon e deu ainda mais crédito ao livro de Dan Brown, “O Código da Vinci”. Os departamentos seguem um labiríntico roteiro pelo Museu: Antiguidades (dividido em coleções egípcia, grega, romana e etrusca), Pinturas (principalmente francesas e europeias), Antiguidades Orientais (objetos do Oriente Médio, Mesopotâmia, Índia e norte da África), Esculturas, Arte Decorativa, Gravuras e Desenhos (que conta com manuscritos, com iluminuras e esboços e estudos de mestres como Leonardo da Vinci e Rembrandt) e Arte Tribal (hoje no novíssimo Museu Quai-Branly).

Hércules lutando contra Achelous
O Departamento de Antiguidades Egípcias, com mais de 50 mil objetos atesta o profundo interesse francês na área da egiptologia no século XIX, e abrange os períodos desde o Antigo Egito até a arte copta, incluindo os períodos helenístico, romano e bizantino, e seu conjunto oferece uma ampla visão da cultura e sociedade egípcias em todos os seus aspectos. Este Departamento foi criado em 1826 por decreto de Carlos X, impressionado pela atuação do egiptólogo Jean-François Champollion. O acervo cresceu com as remessas de achados arqueológicos das expedições francesas ao Egito. Instalado na Ala Denon e em salas do Cour Carré, a coleção inclui papiros, múmias, amuletos, vestuário, joalheria, instrumentos musicais, jogos e armas. Dentre as peças mais interessantes estão o famoso Escriba Sentado, uma faca de pedra e marfim de Gebel-el Arak com punho decorado com cenas de guerra e de caça, a Estela do Rei Serpente, a Cabeça do Rei Djedefre, a Estátua de Amenemhatankh, o Portador de Oferendas, o Busto de Aquenaton, e a Estátua da Deusa Hator, além de sarcófagos ricamente pintados, frascos para cosméticos e objetos votivos. O governo do Egito vem buscando reaver peças egípcias que estão no Louvre sob alegação de que foram adquiridas ilicitamente, uma delas é a Pedra da Roseta que se encontra no Museu Britânico (Londres).

Entrada do Departamento de Antiguidades 
do Oriente Próximo
O Departamento de Antiguidades do Oriente Próximo se concentra na história e arte do Oriente Próximo desde as primeiras civilizações até antes da presença muçulmana na região, e seu desenvolvimento acompanhou o desenvolvimento da arqueologia oriental na França. As primeiras aquisições ocorreram por obra de Paul-Émile Botta, que em 1843 realizou uma expedição a Khorsabad, e seus achados deram origem ao Museu Assírio do Louvre. O conjunto foi ampliado com as peças encontradas por Claude Schaeffer em Ras-Shamra e por André Parrot em Mari, na Síria. A coleção é particularmente notável pelas peças da Suméria e da cidade de Acádia, como a Estela dos Abutres, as Estátuas de Gudea e de Ebih-il, Touros Alados de Khorsabad, capitéis tauromorfos e painéis de azulejos esmaltados de Susa, e o Código de Hamurabi.

Entrada do Departamento de Antiguidades do Oriente Próximo

Entrada do Departamento de Antiguidades 
do Oriente Próximo

O Departamento de Arte Grega, Romana e Etrusca inclui peças de toda a região do Mediterrâneo desde o Neolítico até o Helenismo, passando pela Civilização Cicládica e a cultura cipriota. O conjunto começou a ser formado no tempo de Francisco I, e neste início se concentrava em esculturas. Mais tarde passou a receber vasos, cerâmicas, marfins, afrescos, mosaicos, vidros e bronzes de várias procedências. Pontos altos deste vasto departamento são a Dama de Auxerre, a Vitória de Samotrácia, a Vênus de Milo, os Retratos de Agripa, Marco Cláudio Marcelo, o Gladiador Borghese, o Apolo de Piombino, a Diana de Versailles, o Hermes Amarrando as Sandálias, e o Vaso Hércules e Anteu, de Eufrônio.

Vitória de Samotrácia no

Departamento de Arte Grega, Romana e Etrusca


Departamento de Artes Decorativas

O Departamento de Arte Islâmica é o mais recente do Museu, mas sua coleção de mais de seis mil anos cobre 13 séculos de história da arte islâmica da Europa, Ásia e África, em vidros, metais, madeiras, tapetes, cerâmicas e miniaturas. Das suas peças se destacam como principais a Píxide de Al-Mughira, uma caixa de marfim da Andaluzia; o Batistério de Saint-Louis, uma bacia de metal do Período Mamluk; fragmentos do Shahnameh, um poema épico de Ferdusi escrito em persa, e o Vaso Barberini, um vaso de metal da Síria.


Departamento de Artes Decorativas

O Departamento de Artes Decorativas cobre desde a Idade Média até meados do século XIX, tendo sido criado como uma subseção do Departamento de Esculturas, e incorporando obras confiscadas na Revolução Francesa e outras oriundas da Basílica de Saint-Denis, o mausoléu da monarquia francesa. O Departamento recebeu grandes acréscimos com a aquisição das coleções Durand, Revoil, Sauvageot e Campana. As peças exibidas no primeiro pavimento da Ala Richelieu e na Galeria de Apolo. Dentre seus itens mais preciosos estão a Coroa de Louis XV, o Cetro de Carlos V, o Bronze Nesso e Djanira de Giambologna, o Vaso Suger, a tapeçaria “A Caça de Maximiliano”, a coleção de vasos de Sévres da Madame de Pompadour e a decoração das Apartamentos de Napoleão III.


Departamento de Pinturas

No Departamento de Pinturas a grande coleção enfatiza a arte francesa, que compõe cerca de dois terços do total, mas as seções de pintura do norte da Europa e da Itália são extremamente significativas. O conjunto começou a ser reunido por Francisco I, ainda no tempo em que o Louvre era uma fortaleza, com a aquisição de obras-primas de Rafael Sanzio e Michelangelo, além de ter atraído Leonardo da Vinci para sua Corte. A reorganização das coleções do Museu na década de 1980 dividiu o conjunto de pinturas, e as peças produzidas após 1848 foram transferidas para o Museu d'Orsay. O restante permanece exposto na Ala Richelieu, no Cour Carré e na Ala Denon

Coroação de Napoleão de Jacques-Louis David
Da seção de pintura francesa são especialmente notáveis: a Pietá de Avignon, de Enguerrand Quarton; o Retrato do Rei João, o Bom, de Jean Fouquet; o Retrato de Louis XIV de Hyacinthe Rigaud; a Coroação de Napoleão e O Juramento dos Horácios, de Jacques-Louis David, a Grande Banhista de Ingres, e A Liberdade Guiando o Povo, de Eugene Delacroix. Outros autores de nomeada presentes nesta seção são Nicolas Poussin, com grande número de peças em cinco salas exclusivas para sua produção, Georges de La Tour, Charles Le Brun, François Boucher, Antoine Watteau, Jean-Honoré, Fragonard, Jean-Baptiste Chardin, Jean-Baptiste Greuze, Horace Vernet, Camille Corot, Jean-François Millet e Antoine-Jean Gros.

Departamento de Pinturas
Do norte da Europa há um grande conjunto, e são célebres O Astrônomo e a Rendeira, de Vermeer, a Nau dos Insensatos, de Hieronymus Bosch, a Virgem do Chanceler de Rolinde Jan van Eyck, A Ceia de Emaús e o Autorretrato de Rembrandt, o grande ciclo de pinturas sobre Maria de Médici, de Rubens, além de peças de Rogier van der Weyden, Frans Post, Hans Holbein, o Jovem, Albrecht Dürer, Hans Memling, Antoon van Dyck, Quentin Massys, Pieter Brueghel o velho, Gérard David, Petrus Christus, Lucas van Leyden, Frans Hals, Meindert Hobbema e Gerard ter Borch.

A Virgem das Rochas 
de Leonardo da Vinci
Na pintura italiana se destacam o Calvário de Mantegna, as Bodas de Caná de Paolo Veronese, a Mona Lisa (milhares de visitantes passam todos os dias e não conseguem deixar de admirar o quadro tão enigmático, onde a protagonista possui em seus lábios aquele famoso sorriso de indefinível tristeza onde temos a impressão que sua expressão muda constantemente. A modelo ficou muito tempo no mais absoluto mistério, porém, atualmente acredita-se que se trata de Lisa Gherardini, proveniente de uma família rica de mercadores e era casada com Francesco Giocondo.) e a Virgem das Rochas de Da Vinci, e a Morte da Virgem, de Caravaggio, e composições de Sandro Botticelli, Paolo Uccello, Domenico Ghirlandaio, Bernardino Luini, Fra Angelico, Giovanni Bellini, Lorenzo Lotto, Alesso Baldovinetti, Benozzo Gozzoli, Giotto, Cimabue, Pietro Perugino, Vittore Carpaccio, Ticiano, Jacopo Pontormo e Guido Reni. A pequena seção de pintura espanhola, embora menos importante, possui obras expressivas de El Greco, Velásquez, Ribera e Zurbarán.

São João Batista de Leonardo da Vinci
A origem do grande Departamento de Gravuras e Desenhos, com mais de 100 mil peças, está nas coleções reais. Foi sendo aumentado com aquisições e doações, e foi primeiro aberto ao público em 1797. Hoje está organizado nas seguintes seções: o antigo Cabinet Du Roi e seus acréscimos posteriores; as gravuras em metal, e a grande doação de Edmond de Rothschild, com mais de 40 mil obras, hoje exibidas no Pavilhão de Flora. Em virtude da sensibilidade do papel à luz, apenas uma pequena parte desta coleção se encontra em exposição, e as peças são constantemente substituídas, mas consultas podem ser efetuadas mediante agendamento. Alguns autores importantes com obras em desenho ou gravura são Antoine Louis Barye, Dürer, Leonardo da Vinci, Rembrandt, Jacques-Louis David, Jean-Baptiste Chardin, Claude Gellée, Fragonard, Ingres, Delacroix e Charles Le Brun.

Mona Lisa de Leonardo da Vinci
O Departamento das Esculturas está concentrado nas peças de escultura criadas antes de 1850 que não se enquadram no Departamento de Antiguidades Etruscas, Gregas e Romanas. Desde o início o Palais Du Louvre foi um depósito de obras escultóricas, mas a sistematização de suas peças só aconteceu depois de 1824. Seu acervo primitivo era na verdade reduzido a cerca de 100 peças, por causa da mudança da Corte para Versailles, e assim permaneceu até 1847, quando Léon Laborde assumiu o controle do Departamento, ampliando a seção de arte medieval, mas nesta época as obras ainda faziam parte do Departamento de Antiguidades. Somente na administração de Louis Courajod, a partir de 1871, a representação de esculturas cresceu especialmente em peças francesas. Com a criação do Museu d'Orsay parte do acervo recolhido até então foi transferida para lá, permanecendo no Louvre as criadas antes de 1850. Atualmente as peças francesas estão expostas na Ala Richelieu, e as estrangeiras na Ala Denon.

Detalhes do teto do Museu do Louvre
O conjunto de escultura da França oferece um painel amplo e farto desta modalidade de arte desde a Idade Média até meados do século XIX, com uma grande seção de retratos e bustos oficiais. A Idade Média é ricamente ilustrada com fragmentos de arquitetura e estatuária sacra, em grande parte anônima, e onde a Tumba de Philippe Pot, o par representando Carlos V e Joana de Bourbon, a Tumba de Philippe de Chabot, a Fonte de Diana, e o magnífico conjunto de Madonas góticas são pontos altos. Dos autores mais recentes e ilustres, cujos nomes se conhecem, se contam Jean Goujon, Simon Guillain, Jean-Louis Lemoyne, Germain Pilon, Antoine Coysevox, Guillaume Coustou, Nicolas Coustou, Étienne Maurice Falconet, Louis Petitot, Philippe-Laurent Roland, Pierre-Nicolas Beauvallet, Edmé Bouchardon, Jean Antoine Houdon, Augustin Pajou, Jean-Jacques Pradier, Jean-Baptiste Pigalle e François Rude. Dentre os estrangeiros, são, figuras principais, Gregor Erhart, Antonio Canova, Giambologna, Adriaen de Vries, Francesco Laurana, Andrea e Giovanni della Robbia, Lorenzo Bartolini e Michelangelo.

Detalhes do teto do Museu do Louvre
Andar pelo Louvre é um mergulho em séculos de cultura. Estátuas, esculturas, pinturas, obras de arte de várias partes do mundo… é de tirar o fôlego. De qualquer forma, tenha muita disposição e aproveite os milhares de metros de suas galerias. Uma dica é alugar um guia virtual que conta a história de obras expostas. Basta digitar o número de cadastro existente em algumas obras e o guia irá lhe contar vários detalhes interessantes a respeito da obra, artista e momento político, social e cultural da época. Como usual, o português não é uma das opções, mas você pode escolher o inglês, espanhol ou quem sabe japonês.

Departamento de Pinturas
Evite filas chegando bem cedo. Isso lhe economizará tempo (e muita paciência) tanto na hora de entrar como na visita em si, com menos aglomerações sobre as peças mais famosas, como a Vênus de Milo e a Mona Lisa. A famosa Mona Lisa de Leonardo da Vinci causa grande concentração de pessoas, sempre atrás de uma foto de recordação, então esteja preparado para não ter muito tempo e nem paz para ficar curtindo esta pintura. Esteja preparado para enfrentar multidões, especialmente em torno desse quadro, que surpreende muitos pelo diminuto tamanho. Obviamente, tamanho não é documento, pena que não é possível observar esta preciosa obra-prima com toda calma, silêncio e veneração que lhe seria necessário. Conheça todos os destaques das amostras primeiro e depois, com mais calma, passe pelas obras menos disputadas. Se já é um veterano, faça uma programação antecipada para evitar o sobe e desce. Outra forma de agilizar a entrada é comprar o ingresso pelo site. Em um dia, com um bom planejamento você poderá conhecer as principais obras do Museu. 

Musée du Louvre
O Louvre possui três entradas: a da Pirâmide é de longe a mais congestionada, portanto evite-a. As entradas da Porte des Lions e da Galerie Du Carrousel são mais tranquilas e, por vezes, podem estar surpreendentemente vazias nos meses de inverno e no começo da primavera. Na alta temporada, de junho a agosto, entre 10 e 15 horas, as filas podem durar enervantes duas horas sob o sol de verão. O Museu do Louvre tem uma escola de arte, sendo assim, sempre é possível encontrarmos um dos futuros artistas pintando em seus corredores. Uma dica importante: sempre preste atenção no teto das salas, a grande maioria é trabalhada e tem detalhes e estátuas incríveis, sendo assim, não se esqueça de olhar para cima e apreciar os mesmos.

O Louvre tem um café anexo muito famoso, que é o Angelina. Se quiser saborear um bom lanche, doce, café ou chá, esse é o lugar para fazer isso com o mais alto teor da gastronomia. Ele fica dentro do Café Richelieu, na ala que leva o mesmo nome, perto do Apartamento de Napoleão III. Mas se você quiser comer outra coisa mais em conta, não se preocupe: existem várias opções de lanchonetes, cadê e restaurantes dentro do Musée Du Louvre em Paris, sendo o mais em conta o Café de La Pyramide. Você verá placas indicando-os e pode identificar os lugares de comer e beber pelo mapa do Louvre, que você pega na entrada. A Pirâmide Invertida no Carrousel Du Louvre é um bom local para fazer compras, e para comprar seu ingresso em uma das máquinas de autoatendimento. Outra opção é o primeiro domingo de cada mês, quando o ingresso é gratuito. E uma Informação importante: O Musée Du Louvre não abre às terças-feiras, sendo assim programe outro dia. 

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