Musée Du Louvre e a Pirâmide de Vidro |
Um passeio pelo Museu do Louvre é parada obrigatória de quem vai à Paris. É um recanto que
agrada tanto aos amantes da arte como às pessoas comuns que, depois de um
dia passeando pelo Museu torna-se um apaixonado por arte. O Museu é grandioso e
une o antigo ao moderno e contemporâneo. O
passeio ao Museu começa logo no seu acesso, onde podemos ver os prédios que
compõem o complexo e a famosa Pirâmide
de Vidro do Louvre, com 21 metros de altura e 200 toneladas de vidro
e vigas, que evocando uma entidade histórica
como as Pirâmides, dá um ar de
modernidade ao Museu. Sendo assim, seja durante o dia ou durante a noite, não
perca a oportunidade de visitar o Louvre.
Musée Du Louvre e a Pirâmide de Vidro |
Musée Du Louvre e a Pirâmide de Vidro |
O Musée
Du Louvre, instalado no Palais Du Louvre, em Paris,
é um dos maiores e mais famosos museus de arte do mundo. Localiza-se no 1º arrondissement de Paris, entre o Rio Sena e a Rue de Rivole
dos Champs-Élysées, e dá forma assim ao núcleo onde começa o Axe Historique (Eixo Histórico). É onde se encontra a Mona Lisa, a Vitória de
Samotrácia, a Venus de Milo,
enormes coleções de artefatos do Egito
Antigo, da civilização greco-romana, artes decorativas e aplicadas, e
numerosas obras-primas dos grandes artistas da Europa como Ticiano, Rembrandt, Michelangelo, Goya e Rubens, numa das maiores mostras do
mundo da arte e cultura humanas. Aproximadamente 38 mil objetos, da Pré-História ao século XXI, são
exibidos em uma área de 72.735 metros quadrados. O Museu abrange, portanto,
oito mil anos da cultura e da civilização tanto do Oriente quanto do Ocidente.
Musée Du Louvre e a Pirâmide de Vidro |
Pirâmide de Vidro do Musée Du Louvre |
É no pátio do Louvre que se inicia o Eixo
Histórico de Paris: trata-se de
um alinhamento monumental de edifícios e de vias de comunicação que parte do
coração da cidade para a direção oeste. Ele começa na Estátua de Louis XIV no pátio principal do Palais Du Louvre e continua através do Jardin des Tuileries, da Place
de La Concorde, dos Champs-Élysées e termina no Arc
de Triomphe no meio da Place
Charles de Gaulle (antiga Place de l'Étoile). A partir dos anos 1960, a perspectiva do Eixo foi
prolongada mais para oeste pela construção do bairro de negócios de La
Défense, onde se situa a maior parte dos arranha-céus da área urbana parisiense. A
perspectiva recebeu o toque final em 1989 com a construção do Grande
Arche de La Défense.
Pirâmide de Vidro do arquiteto Leoh Ming Pei |
Musée Du Louvre e a Pirâmide de Vidro |
Se um ser de outro planeta
desejasse ter acesso a uma amostra significativa da arte e da cultura
terrestre, encontraria com certeza uma síntese da produção humana nos
corredores do Louvre. Este edifício
foi arquitetado entre 1852 e 1857, durante o reinado de Napoleão III. Ele
serviu de sede do Ministério da Fazenda,
de 1871 a 1989. Antes, porém, foi conhecido como ‘Castelo do Louvre’, instituído por Filipe II, em 1190, para atuar
como um forte na defesa de Paris
contra os vikings, as fundações da torre original da fortaleza estão
sob a Salle des Cariatides (Sala
das Cariátides) agora. O Castelo do Rei Felipe Augusto possuía
um ar obviamente bélico, com muralhas e torres;
foi testemunha histórica da Idade Média.
O Palais Du Louvre foi sede do
governo monárquico francês desde a época dos Capetos medievais até o reinado de
Louis XIV.
Pirâmide de Vidro e o Arc de Triomphe du Carrousel |
Estátua de Louis XIV |
No século XIV, o Rei Carlos V imprimiu
um ar menos espartano ao complexo, agora transformado em residência real; depois passou por diversas mudanças, ganhando status
social ao metamorfosear-se em castelo real. Os ares palacianos surgiriam
pela vontade dos soberanos renascentistas Francisco I (que demoliu o antigo
castelo e trouxe Leonardo da Vinci para a França
- com a Mona Lisa a tiracolo) e
Henrique IV (que aqui abrigou artistas que montaram ateliês em seus recintos).
Mais tarde, reis como Louis XIII e Louis XIV também dariam contribuições
notáveis para a feição do atual Palais
Du Louvre, com a ampliação do Cour
Carré (Quadrilátero) e a criação
da Colunata de Perrault. As
transformações nunca cessaram na sua história, e a antiga fortaleza militar
medieval acabaria por se tornar um colossal complexo de prédios, hoje devotados
inteiramente à cultura. Devido à expansão urbana da cidade, a fortaleza acabou
por perder sua função defensiva e, em 1546, foi convertida por Francisco I na
residência principal dos reis franceses.
A Pirâmide de Vidro |
Em 1682, Louis XIV escolheu o Palais de Versailles como sua
residência, deixando o Louvre
principalmente como um lugar para exibir a coleção real, incluindo, a partir de
1692, uma coleção de esculturas antigas gregas e romanas na Sala das Cariátides. No mesmo ano, o
Palais, então desabitado, foi ocupado pela Académie
des Inscriptions et Belles-Lettres e logo a Academia Real de Arquitetura, a Academia Real de Música e a Academia
Real de Pintura e Escultura também se instalaram ali. A Académie permaneceu
no Louvre por 100 anos. No prédio,
também aconteceram, a partir de 1699, os tradicionais Salões de Arte promovidos pela Academia
de Pintura e Escultura, que atraíam multidões. De início, organizados na Grande Galeria, os Salões, de 1725 em
diante, passaram a acontecer no Salon
Carré, de onde derivou o nome destas exposições – Salão.
Entrada da Ala Sully |
Por outro lado, entre 1750 e 1785,
espaços no Palais Du Luxembourg
foram reservados para exibição de obras-primas selecionadas das coleções reais,
numa exposição que teve grande sucesso. Em vista disso, o Marquês de Marigny, Superintendente
Geral dos Edifícios do Rei, e seu sucessor, o Conde de Angivillier, desenvolveram a ideia de tornar o Louvre um museu permanente. O projeto
se transformou em lei em maio de 1791, durante a Revolução Francesa, quando a Assembleia
Nacional Constituinte decretou que o Louvre
deveria ser usado como um museu para exibir as obras-primas da nação. Assim,
foi o museu inaugurado como Museu
Central das Artes em agosto de 1793, com um acervo formado principalmente
por pinturas confiscadas à família real e aos aristocratas que haviam fugido da
Revolução Francesa, exibidas na Grande Galeria e no Salão Quadrado. O público tinha acesso
gratuito, mas apenas nos fins de semana, ficando os outros dias reservados para
o trabalho dos artistas que desejavam, ali, estudar as obras dos grandes
mestres, determinação que ficaria em vigor até 1855. Gradualmente, a coleção
foi expandida e ocupou muitas salas do complexo.
Museu do Louvre com a Pirâmide de Vidro e o Arco do Carrossel ao fundo |
No Período
Imperial, o Museu adotou o nome de Museu
Napoleão, sendo, Dominique-Vivant Denon, seu primeiro diretor. Napoleão
ordenou reformas e embelezamentos no edifício, e suas conquistas sobre outros
países renderam uma grande quantidade de novas peças para o Louvre. Com a expansão colonialista francesa
durante o século XIX, uma série de antiguidades do Oriente Médio e Egito
foram "importados” pelos franceses. Com a queda do Imperador em 1815, as
nações espoliadas reclamaram seus tesouros, despovoando as galerias do Museu.
Museu do Louvre com a Pirâmide de Vidro e o Arco do Carrossel ao fundo |
Em 1824, foi criado o Museu da Escultura Moderna na Galeria d’Angoulême, com cinco salas
para exibição de peças provenientes do Museu
dos Monumentos Franceses e do Palais
de Versailles. Em 1826, Jean François Champollion, o homem que decifrou a Pedra de Roseta, se tornou o primeiro
diretor do novo Departamento de
Antiguidades Egípcias. No ano seguinte, foi criado o Museu Carlos X no primeiro pavimento da ala sul do Cour Carré, com uma coleção de
antiguidades egípcias, bronzes antigos, vasos etruscos e artes decorativas
medievais e renascentistas, ao mesmo tempo em que na ala norte se instalava o Museu da Marinha. Por um breve período,
entre 1838 e 1848, uma importante coleção de mais de 400 pinturas espanholas
foi mostrada na Galeria Espanhola,
criada por Louis Filipe, até ser vendida em Londres poucos anos depois. Não obstante, a presença desta coleção
na França, que pouco conhecia da
arte espanhola, foi uma influência decisiva sobre artistas como Corot e Manet.
Entrada do Museu embaixo da Pirâmide de Vidro |
Com o desenvolvimento da arqueologia e
novas escavações e aquisições no Oriente,
uma quantidade de relíquias da Antiguidade
foi transportada para o Museu, dando origem à fundação no Louvre do primeiro Museu de
Assiriologia da Europa,
inaugurado em 1847. Este foi seguido em breve pela criação do Museu Mexicano, do Museu Etnográfico e do Museu
da Argélia, atendendo ao gosto pelo exótico que se tornava uma voga na
época, e ao crescente interesse dos estudiosos pelas artes tradicionais de
outros povos, sendo instalados no Pavilhão
de Beauvais. Também nesta época se acrescentaram três novas grandes
galerias ricamente decoradas.
Entrada da Galeria de Apolo |
Sob Napoleão III, foi aberto o Museu dos Soberanos na Colunata de Perrault, dedicado a exibir
as relíquias da monarquia francesa desde Quilderico I até Napoleão,
constituindo um acréscimo importantíssimo ao Departamento de Artes Decorativas. Também foi terminada a ala
norte, ligando o Louvre e o Palais des Tuileries, incluindo outras
alas menores internas e pátios, conformando o Cour Napoleon, finalizado em 1857, com decoração acabada em 1861.
Outro acréscimo importante foi a aquisição da coleção do Marquês de Campana, com mais de 11 mil peças de pintura, artes
decorativas, esculturas e antiguidades, formando o Museu Napoleão III. Durante a Comuna
de Paris, o Palais des Tuileries,
um grande símbolo da monarquia, foi incendiado, e o fogo chegou a ameaçar o Louvre. Depois de longa hesitação entre
a reconstrução do Palais perdido ou sua demolição, decidiu-se por esta,
marcando o início do Louvre moderno.
Foram reconstruídas as extremidades do antigo Palais des Tuileries, hoje os Pavilhões
de Flora e Marsan, e duplicou-se a ala norte. Escavações no Oriente trouxeram novas peças para o Departamento de Antiguidades do Oriente
Próximo recentemente criado, sendo apresentadas ao público em 1888 em salas
novas.
Pirâmide de Vidro vista por dentro do Museu |
O início do século XX viu nascer o Museu de Artes Decorativas, criado em
função das Exposições Universais de
Paris. Na sequência, uma grande doação da Baronesa Derlot de Gléon, e mais
a reunião de outras peças similares anteriormente dispersas nas seções de artes
decorativas, levou em 1922 à abertura de uma galeria exclusivamente para Arte Islâmica no Pavilhão do Relógio, e logo o Diretor
dos Museus Nacionais, Henri Verne, lançou um plano ambicioso de expandir os
espaços disponíveis para arte no Palais, que até então abrigava também diversos
escritórios da administração pública. Assim, foram reorganizadas várias
galerias para escultura antiga, escultura europeia, pinturas, arte egípcia e do
Oriente Próximo, e artes
decorativas.
Escultura no Jardin Cour Marly |
Com a eclosão da Segunda Guerra Mundial, as coleções foram evacuadas, com exceção
das peças mais pesadas, que permaneceram protegidas por sacos de areia. O
acervo foi inicialmente depositado no Castelo
de Chambord e, a seguir foi disperso entre vários locais, permanecendo
constantemente em mudança, por medidas de segurança. Mesmo esvaziado, o Museu
reabriu ao público em 1940 com uma coleção de cópias em gesso de estátuas
célebres. Em 1943, com a coleção ampliada, o Museu da Marinha foi transferido para o Palais de Chaillot. Depois da Guerra, se iniciou um plano para
reorganização geral de todas as coleções estatais de arte. A coleção de arte
asiática do Louvre foi designada
para o Museu Guimet, e foi
incorporado o Pavilhão Jeu de Paume
como Museu do Impressionismo. Com a
saída do Ministério das Finanças do Pavilhão de Flora em 1961, tornou-se
livre um grande espaço adicional, possibilitando a melhor acomodação de seções
de pintura, desenhos e do Departamento
de Escultura, instalando-se também laboratórios de restauro e oficinas. Os
espaços liberados foram inaugurados oficialmente em 1968 com uma exposição de
arte gótica da Europa.
Escultura no Jardin Cour Marly |
A década de 1970 foi marcada pela
crescente necessidade de adequar os espaços de exposição aos novos conceitos
museológicos e de se oferecer melhores instalações para os visitantes.
Destarte, em 1981, o presidente François Mitterrand lançou o projeto do Grand Louvre, para devotar o Palais Du Louvre em sua inteireza às
artes. Como consequência, os escritórios do Ministério das Finanças que ainda permaneciam na Ala Richelieu foram deslocados para
outros edifícios e finalmente o Louvre
pôde dispor de todos os seus espaços. O arquiteto sino-americano Leoh Ming Pei
foi premiado com o projeto e propôs uma Pirâmide
de Vidro para o pátio central. A Pirâmide e seu átrio subterrâneo foram
inaugurados em outubro de 1988. A segunda fase do plano do Grand Louvre, La Pyramide
Inversée (A Pirâmide Invertida),
foi concluída em 1993. Foram iniciadas grandes renovações em todo o Museu, cujo
coroamento visível é a Grande Pirâmide
que ora serve de entrada principal.
Esculturas no Jardin Cour Marly |
A reestruturação do acervo, mais
coleções do Museu Nacional Arte Moderna,
deram origem ao Museu d’Orsay.
Enquanto isso, as reformas continuavam no complexo principal em torno do Cour Carré, com a reforma da Ala Richelieu, a inauguração da Ala Sackler para antiguidades do Oriente Próximo e a abertura de grandes
espaços novos para as antiguidades egípcias. Em 1996, foi anunciada a criação
de um museu para a arte étnica, inaugurado em 2000 no Pavillon des Sessions com cerca de 100 peças representativas de
suas culturas, e continua em curso a reacomodação de todo o Departamento de Arte Islâmica. A partir
de 2002, o atendimento dobrou desde a sua conclusão.
Jardin Cour Marly |
O Museu é administrado pelo governo
francês por meio da Réunion des Musées
Nationaux. Sua frequência de visitantes é surpreendente, o que fez dele o Museu
mais procurado do Planeta. O Palais Du
Louvre é uma estrutura quase retangular, composto pela Place Du Cour Carrée e duas alas que envolvem o Cour Napoléon a norte e ao sul. No
coração do complexo, está a Pirâmide do
Louvre, acima do Centro dos Visitantes.
Para se localizar neste vasto edifício de três fachadas laterais, as quais
ostentam os nomes de importantes funcionários estatais – Ala Sully, Ministro da
Fazenda de Henry IV a leste, que contém o Cour Carrée e as partes mais antigas do Louvre; Ala Richelieu, Ministro
de Louis XIII ao norte, que abrange a ala paralela à Rue de Rivoli; e Ala Denon,
Primeiro-Ministro do Museu Central de Arte, durante o
reinado de Napoleão I, a ala que faz fronteira com o Rio Sena para o sul. Quando se chega ao Museu logo na entrada é
fornecido um mapa (existe em várias línguas) para nos direcionarmos lá dentro. Todas
as alas possuem acesso através da Pirâmide.
Jardin Cour Marly |
Há igualmente neste Museu quatro níveis:
o subterrâneo e três andares, divididos em diversas sessões - Antiguidades Orientais, Egípcias, Gregas, Romanas, Esculturas e Louvre Medieval. Há no Louvre
vastas galerias, expondo ao público a História
da Arte desenvolvida pela Humanidade ao longo do tempo. A Ala Denon é uma das mais percorridas
até hoje, pois oferece ao olhar encantado dos visitantes as criações dos
artistas mais célebres, principalmente, a obra-prima de Leonardo da Vinci, La Gioconda, mais conhecida como o
retrato da Mona Lisa. São mais de 60
mil metros quadrados de área nesse gigantesco acervo de arte de inúmeras épocas
e culturas do mundo, por isso vale reforçar a premissa de que o ideal é
reservar mais de um dia para a visita. O acervo
do Museu do Louvre possui mais de
380 mil itens e mantém em exibição permanente mais de 35 mil obras de arte,
distribuídas em oito departamentos. A seção de pintura é a segunda maior do
mundo, logo atrás da do Museu Hermitage, com quase 12 mil
peças, sendo que delas seis mil estão em exposição permanente.
Escultura no Cour Marly |
A visita ao Museu do Louvre já começa de forma teatral, com a Pirâmide de Vidro dando as boas-vindas
aos turistas e apreciadores de arte. A solução encontrada por Pei não só
ofereceu um novo cartão-postal à Paris,
mas também uma tão aguardada entrada (decente) para o edifício. Além disso,
inundou de luz todo o Hall Napoleon
e deu ainda mais crédito ao livro de Dan Brown, “O
Código da Vinci”. Os departamentos seguem um labiríntico roteiro
pelo Museu: Antiguidades (dividido
em coleções egípcia, grega, romana e etrusca), Pinturas (principalmente francesas e europeias), Antiguidades Orientais (objetos do Oriente Médio, Mesopotâmia, Índia e
norte da África), Esculturas, Arte Decorativa, Gravuras
e Desenhos (que conta com
manuscritos, com iluminuras e esboços e estudos de mestres como Leonardo da
Vinci e Rembrandt) e Arte Tribal
(hoje no novíssimo Museu Quai-Branly).
Hércules lutando contra Achelous |
O Departamento
de Antiguidades Egípcias, com mais de 50 mil objetos atesta o profundo interesse
francês na área da egiptologia no século XIX, e abrange os períodos desde o Antigo Egito até a arte copta, incluindo os períodos
helenístico, romano e bizantino, e seu conjunto oferece uma ampla visão da
cultura e sociedade egípcias em todos os seus aspectos. Este Departamento foi
criado em 1826 por decreto de Carlos X, impressionado pela atuação do
egiptólogo Jean-François Champollion. O acervo cresceu com as remessas de
achados arqueológicos das expedições francesas ao Egito. Instalado na Ala
Denon e em salas do Cour Carré,
a coleção inclui papiros, múmias, amuletos, vestuário, joalheria, instrumentos
musicais, jogos e armas. Dentre as peças mais interessantes estão o famoso Escriba
Sentado, uma faca de pedra e marfim de Gebel-el Arak com
punho decorado com cenas de guerra e de caça, a Estela do Rei Serpente, a Cabeça do Rei Djedefre, a Estátua de Amenemhatankh, o Portador de Oferendas, o Busto de Aquenaton, e a Estátua da Deusa Hator, além de sarcófagos ricamente pintados, frascos para
cosméticos e objetos votivos. O governo do Egito vem buscando reaver peças egípcias que
estão no Louvre sob alegação de que
foram adquiridas ilicitamente, uma delas é a Pedra da Roseta que se encontra no Museu Britânico (Londres).
Entrada do Departamento de Antiguidades do Oriente Próximo |
O Departamento
de Antiguidades do Oriente Próximo
se concentra na história e arte do Oriente Próximo desde as primeiras
civilizações até antes da presença muçulmana na região, e seu desenvolvimento
acompanhou o desenvolvimento da arqueologia oriental na França. As primeiras aquisições ocorreram por obra de Paul-Émile
Botta, que em 1843 realizou uma expedição a Khorsabad, e seus achados deram origem ao Museu Assírio do Louvre. O conjunto foi ampliado com as peças
encontradas por Claude Schaeffer em Ras-Shamra
e por André Parrot em Mari, na Síria. A coleção é particularmente
notável pelas peças da Suméria e da
cidade de Acádia, como a Estela dos Abutres, as Estátuas de Gudea e de Ebih-il, Touros Alados de Khorsabad, capitéis tauromorfos e painéis de
azulejos esmaltados de Susa, e o Código de Hamurabi.
Entrada do Departamento de Antiguidades do Oriente Próximo |
Entrada do Departamento de Antiguidades do Oriente Próximo |
O Departamento de Arte Grega, Romana e Etrusca inclui peças de toda a
região do Mediterrâneo desde o Neolítico até o Helenismo, passando pela Civilização
Cicládica e a cultura cipriota. O conjunto começou a ser formado
no tempo de Francisco I, e neste
início se concentrava em esculturas. Mais tarde passou a receber vasos, cerâmicas,
marfins, afrescos, mosaicos, vidros e bronzes de várias procedências. Pontos
altos deste vasto departamento são a Dama
de Auxerre, a Vitória de Samotrácia,
a Vênus de Milo, os Retratos de Agripa, Marco Cláudio Marcelo,
o Gladiador Borghese, o Apolo de Piombino, a Diana de Versailles, o Hermes Amarrando as Sandálias, e o Vaso Hércules e Anteu, de Eufrônio.
O Departamento de Arte Grega, Romana e Etrusca inclui peças de toda a
região do Mediterrâneo desde o Neolítico até o Helenismo, passando pela Civilização
Cicládica e a cultura cipriota. O conjunto começou a ser formado
no tempo de Francisco I, e neste
início se concentrava em esculturas. Mais tarde passou a receber vasos, cerâmicas,
marfins, afrescos, mosaicos, vidros e bronzes de várias procedências. Pontos
altos deste vasto departamento são a Dama
de Auxerre, a Vitória de Samotrácia,
a Vênus de Milo, os Retratos de Agripa, Marco Cláudio Marcelo,
o Gladiador Borghese, o Apolo de Piombino, a Diana de Versailles, o Hermes Amarrando as Sandálias, e o Vaso Hércules e Anteu, de Eufrônio.
Departamento de Artes Decorativas |
O Departamento
de Arte Islâmica é o mais recente do Museu, mas sua coleção de mais de seis
mil anos cobre 13 séculos de história da arte islâmica da Europa, Ásia e África, em vidros, metais, madeiras,
tapetes, cerâmicas e miniaturas. Das suas peças se destacam como principais a Píxide de Al-Mughira, uma caixa de marfim da Andaluzia; o Batistério de Saint-Louis,
uma bacia de metal do Período Mamluk;
fragmentos do Shahnameh, um poema épico de Ferdusi escrito em persa, e o Vaso Barberini, um vaso de metal
da Síria.
O Departamento
de Arte Islâmica é o mais recente do Museu, mas sua coleção de mais de seis
mil anos cobre 13 séculos de história da arte islâmica da Europa, Ásia e África, em vidros, metais, madeiras,
tapetes, cerâmicas e miniaturas. Das suas peças se destacam como principais a Píxide de Al-Mughira, uma caixa de marfim da Andaluzia; o Batistério de Saint-Louis,
uma bacia de metal do Período Mamluk;
fragmentos do Shahnameh, um poema épico de Ferdusi escrito em persa, e o Vaso Barberini, um vaso de metal
da Síria.
Departamento de Artes Decorativas |
O Departamento de Artes Decorativas cobre desde a Idade Média até meados do século XIX, tendo sido criado como uma subseção do Departamento de Esculturas, e incorporando obras confiscadas na Revolução Francesa e outras oriundas da Basílica de Saint-Denis, o mausoléu da monarquia francesa. O Departamento recebeu grandes acréscimos com a aquisição das coleções Durand, Revoil, Sauvageot e Campana. As peças exibidas no primeiro pavimento da Ala Richelieu e na Galeria de Apolo. Dentre seus itens mais preciosos estão a Coroa de Louis XV, o Cetro de Carlos V, o Bronze Nesso e Djanira de Giambologna, o Vaso Suger, a tapeçaria “A Caça de Maximiliano”, a coleção de vasos de Sévres da Madame de Pompadour e a decoração das Apartamentos de Napoleão III.
Departamento de Pinturas |
No Departamento
de Pinturas a grande coleção enfatiza a arte francesa, que compõe cerca de
dois terços do total, mas as seções de pintura do norte da Europa e da Itália são extremamente significativas. O
conjunto começou a ser reunido por Francisco I, ainda no tempo em que o Louvre era uma fortaleza, com a aquisição
de obras-primas de Rafael Sanzio e Michelangelo, além de ter atraído Leonardo
da Vinci para sua Corte. A
reorganização das coleções do Museu na década de 1980 dividiu o conjunto de
pinturas, e as peças produzidas após 1848 foram transferidas para o Museu d'Orsay. O restante permanece
exposto na Ala Richelieu, no Cour Carré e na Ala Denon.
Coroação de Napoleão de Jacques-Louis David |
Da seção de pintura francesa são
especialmente notáveis: a Pietá de
Avignon, de Enguerrand Quarton; o Retrato
do Rei João, o Bom, de Jean Fouquet; o Retrato
de Louis XIV de Hyacinthe Rigaud; a Coroação
de Napoleão e O Juramento dos
Horácios, de Jacques-Louis David, a Grande
Banhista de Ingres, e A Liberdade
Guiando o Povo, de Eugene Delacroix. Outros autores de nomeada presentes
nesta seção são Nicolas Poussin,
com grande número de peças em cinco salas exclusivas para sua produção, Georges de La Tour, Charles Le Brun, François Boucher, Antoine
Watteau, Jean-Honoré, Fragonard, Jean-Baptiste Chardin, Jean-Baptiste Greuze,
Horace Vernet, Camille Corot, Jean-François Millet e Antoine-Jean Gros.
Departamento de Pinturas |
Do
norte da Europa há um grande
conjunto, e são célebres O Astrônomo e a
Rendeira, de Vermeer, a Nau dos
Insensatos, de Hieronymus Bosch, a Virgem
do Chanceler de Rolinde Jan van Eyck, A
Ceia de Emaús e o Autorretrato
de Rembrandt, o grande ciclo de pinturas sobre Maria de Médici, de Rubens, além de peças de Rogier van der Weyden, Frans Post, Hans Holbein, o Jovem, Albrecht Dürer, Hans Memling, Antoon van Dyck, Quentin Massys, Pieter Brueghel o velho, Gérard David, Petrus Christus, Lucas van Leyden, Frans Hals, Meindert
Hobbema e Gerard ter Borch.
A Virgem das Rochas de Leonardo da Vinci |
Na pintura italiana se destacam o Calvário de Mantegna, as Bodas de Caná de Paolo
Veronese, a Mona Lisa (milhares de visitantes passam todos
os dias e não conseguem deixar de admirar o quadro tão enigmático, onde a
protagonista possui em seus lábios aquele famoso sorriso de indefinível
tristeza onde temos a impressão que sua expressão muda constantemente. A modelo
ficou muito tempo no mais absoluto mistério, porém, atualmente acredita-se que
se trata de Lisa Gherardini, proveniente de uma família rica de mercadores e
era casada com Francesco Giocondo.) e a Virgem
das Rochas de Da
Vinci, e a Morte da Virgem, de
Caravaggio, e composições de Sandro Botticelli, Paolo Uccello, Domenico
Ghirlandaio, Bernardino Luini, Fra Angelico, Giovanni Bellini, Lorenzo Lotto,
Alesso Baldovinetti, Benozzo Gozzoli, Giotto, Cimabue, Pietro Perugino, Vittore
Carpaccio, Ticiano, Jacopo Pontormo e Guido Reni. A pequena seção de pintura
espanhola, embora menos importante, possui obras expressivas de El Greco,
Velásquez, Ribera e Zurbarán.
São João Batista de Leonardo da Vinci |
A origem do grande Departamento de Gravuras e Desenhos,
com mais de 100 mil peças, está nas coleções reais. Foi sendo aumentado com
aquisições e doações, e foi primeiro aberto ao público em 1797. Hoje está
organizado nas seguintes seções: o antigo Cabinet
Du Roi e seus acréscimos
posteriores; as gravuras em metal, e a grande doação de Edmond de Rothschild, com mais de 40
mil obras, hoje exibidas no Pavilhão de
Flora. Em virtude da sensibilidade do papel à luz, apenas uma pequena parte
desta coleção se encontra em exposição, e as peças são constantemente
substituídas, mas consultas podem ser efetuadas mediante agendamento. Alguns
autores importantes com obras em desenho ou gravura são Antoine Louis Barye,
Dürer, Leonardo da Vinci, Rembrandt, Jacques-Louis David, Jean-Baptiste Chardin, Claude Gellée, Fragonard, Ingres,
Delacroix e Charles Le Brun.
Mona Lisa de Leonardo da Vinci |
O Departamento
das Esculturas está concentrado nas peças de escultura criadas antes de
1850 que não se enquadram no Departamento
de Antiguidades Etruscas, Gregas e Romanas. Desde o início o Palais Du Louvre foi um depósito de
obras escultóricas, mas a sistematização de suas peças só aconteceu depois de
1824. Seu acervo primitivo era na verdade reduzido a cerca de 100 peças, por
causa da mudança da Corte para Versailles,
e assim permaneceu até 1847, quando Léon
Laborde assumiu o controle do Departamento,
ampliando a seção de arte
medieval, mas nesta época as obras ainda faziam parte do Departamento de Antiguidades. Somente na administração de Louis
Courajod, a partir de 1871, a representação de esculturas cresceu especialmente
em peças francesas. Com a criação do Museu
d'Orsay parte do acervo recolhido até então foi transferida para lá,
permanecendo no Louvre as criadas
antes de 1850. Atualmente as peças francesas estão expostas na Ala Richelieu, e as estrangeiras na Ala Denon.
Detalhes do teto do Museu do Louvre |
O conjunto de escultura da França oferece um painel amplo e farto
desta modalidade de arte desde a Idade
Média até meados do século XIX, com uma grande seção de retratos e bustos
oficiais. A Idade Média é ricamente ilustrada
com fragmentos de arquitetura e estatuária sacra, em grande parte anônima, e
onde a Tumba de Philippe Pot, o par
representando Carlos V e Joana de
Bourbon, a Tumba de Philippe de
Chabot, a Fonte de Diana, e o
magnífico conjunto de Madonas góticas são pontos altos. Dos autores mais
recentes e ilustres, cujos nomes se conhecem, se contam Jean Goujon, Simon
Guillain, Jean-Louis Lemoyne, Germain Pilon, Antoine Coysevox, Guillaume
Coustou, Nicolas Coustou, Étienne Maurice Falconet, Louis Petitot, Philippe-Laurent
Roland, Pierre-Nicolas Beauvallet, Edmé Bouchardon, Jean Antoine Houdon,
Augustin Pajou, Jean-Jacques Pradier, Jean-Baptiste Pigalle e François Rude.
Dentre os estrangeiros, são, figuras principais, Gregor Erhart, Antonio Canova,
Giambologna, Adriaen de Vries, Francesco Laurana, Andrea e Giovanni della Robbia,
Lorenzo Bartolini e Michelangelo.
Detalhes do teto do Museu do Louvre |
Andar
pelo Louvre é um mergulho em séculos
de cultura. Estátuas, esculturas, pinturas, obras de arte de várias partes do
mundo… é de tirar o fôlego. De qualquer forma, tenha muita disposição e
aproveite os milhares de metros de suas galerias. Uma dica é alugar um guia
virtual que conta a história de obras expostas. Basta digitar o número de
cadastro existente em algumas obras e o guia irá lhe contar vários detalhes
interessantes a respeito da obra, artista e momento político, social e cultural
da época. Como usual, o português não é uma das opções, mas você pode escolher
o inglês, espanhol ou quem sabe japonês.
Departamento de Pinturas |
Evite
filas chegando bem cedo. Isso lhe economizará tempo (e muita paciência) tanto
na hora de entrar como na visita em si, com menos aglomerações sobre as peças
mais famosas, como a Vênus de Milo e
a Mona Lisa. A famosa Mona Lisa de Leonardo da Vinci causa grande concentração de pessoas, sempre atrás de uma
foto de recordação, então esteja preparado para não ter muito tempo e nem paz
para ficar curtindo esta pintura. Esteja preparado para enfrentar multidões,
especialmente em torno desse quadro, que surpreende muitos pelo diminuto
tamanho. Obviamente, tamanho não é documento, pena que não é possível observar
esta preciosa obra-prima com toda calma, silêncio e veneração que lhe seria
necessário. Conheça todos os destaques das amostras primeiro e depois,
com mais calma, passe pelas obras menos disputadas. Se já é um veterano, faça
uma programação antecipada para evitar o sobe e desce. Outra forma de agilizar
a entrada é comprar o ingresso pelo site. Em um dia, com um bom planejamento
você poderá conhecer as principais obras do Museu.
Musée du Louvre |
O Louvre
possui três entradas: a da Pirâmide
é de longe a mais congestionada, portanto evite-a. As entradas da Porte des Lions e da Galerie Du Carrousel são mais
tranquilas e, por vezes, podem estar surpreendentemente vazias nos meses de
inverno e no começo da primavera. Na alta temporada, de junho a agosto, entre
10 e 15 horas, as filas podem durar enervantes duas horas sob o sol de verão. O Museu do
Louvre tem uma escola de arte, sendo assim, sempre é possível encontrarmos
um dos futuros artistas pintando em seus corredores. Uma dica importante:
sempre preste atenção no teto das salas, a grande maioria é trabalhada e tem
detalhes e estátuas incríveis, sendo assim, não se esqueça de olhar para cima e
apreciar os mesmos.
O Louvre tem um café anexo muito famoso, que é o Angelina. Se quiser saborear um bom lanche, doce, café ou chá, esse
é o lugar para fazer isso com o mais alto teor da gastronomia. Ele fica dentro
do Café Richelieu, na ala que leva o
mesmo nome, perto do Apartamento de
Napoleão III. Mas se você quiser comer outra coisa mais em conta, não se
preocupe: existem várias opções de lanchonetes, cadê e restaurantes dentro do Musée Du Louvre em Paris, sendo o mais em conta o Café
de La Pyramide. Você verá placas indicando-os e pode identificar
os lugares de comer e beber pelo mapa do Louvre, que você pega na entrada. A Pirâmide Invertida no Carrousel Du Louvre é um bom local para
fazer compras, e para comprar seu ingresso em uma das máquinas de
autoatendimento. Outra opção é o primeiro domingo de cada mês, quando o ingresso
é gratuito. E uma Informação importante: O Musée
Du Louvre não abre às terças-feiras, sendo assim programe outro dia.
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