sexta-feira, 26 de fevereiro de 2016

Paris - Arc de Triomphe Du Carrousel

Arc de Triomphe Du Carrousel e na mesma linha
ao fundo o 
Arc de Triomphe de L’Étoile
Há alguns séculos, Paris era uma cidade completamente diferente e muito menor, delimitada por muros e algumas portas e arcos que indicavam a entrada para as avenidas reais e o caminho para os palácios. Atualmente, apenas quatro destes portões ainda estão de pé, cumprindo somente o papel de Arcos do Triunfo e não mais de passagem. O maior e mais conhecido deles é um dos principais monumentos da cidade, já os demais, igualmente imponentes e testemunhas da história parisiense, seguem no total anonimato para a maioria dos visitantes. São eles: La Porte Saint-Denis, La Porte Saint-Martin, L’Arc de Triomphe Du Carrousel e o L’Arc de Triomphe de L’Étoile.


Arc de Triomphe Du Carrousel
Todo mundo conhece o famoso e imponente Arc de Triomphe de L’Étoile que fica na avenida mais famosa de ParisChamps-Élysées, porém o que muita gente ainda não sabe é que existem outros dois arcos em Paris, o Arc de Triomphe Du Carrousel e o Grande Arche de La Défense e que esses três arcos têm algo em comum que é muito interessante, porém ainda é pouco conhecido. A grande curiosidade é que esses três arcos estão perfeitamente alinhados em uma mesma reta chamada de Axe Historique, apesar de terem sidos construídos em épocas diferentes. O Axe Historique, que possui mais de 200 anos de história, é uma reta que contempla diversos monumentos, começando no Musée Du Louvre, passando por toda a Champs-Élysées, cruza o Arc de Triomphe e termina na parte mais nova e moderna de Paris, a La Défense. No meio da movimentada Avenue Charles de Gaulle é possível ver cada Arco em uma extremidade diferente. Na mesma linha fica o Obelisco de Luxor, na Place de La Concorde. Do alto do Arc de Triomphe a visão se torna mais clara. Paris reserva mesmo muitas surpresas.


Arc de Triomphe Du Carrousel
O Arc de Triomphe Du Carrousel é um monumento construído entre 1807 e 1809, por Napoleão I (Napoleão Bonaparte). Está situado no 1º arrondissement de Paris, na Place Du Carrousel, a oeste do Musée Du Louvre. Edificado em homenagem ao Grande Exército de Napoleão Bonaparte, o monumento está localizado diante do Louvre, sobre a esplanada que precedia a ala do Palais des Tuileries (antes que o Palácio fosse queimado, em 1871), ao qual servia como entrada de honra, um portão que separa o pátio do Palácio da Place Du Carrousel, que lhe dá o nome. Celebrando a vitória dos exércitos franceses na Batalha de Austerlitz, o Arc de Triomphe, desenhado pelos arquitetos do Império Charles Percier e Pierre-François-Léonard Fontaine, ilustra a Campanha de 1805 e a Capitulação de Ulm em 1807. Ele faz explicitamente referência aos Arcos do Triunfo do Império Romano e, notadamente, ao Arco di Septimio Severo em Roma.

Arc de Triomphe Du Carrousel e ao fundo o
Musée du Louvre
O monumento tem três arcos em sua largura, como o Arco di Septimio Severo, mais um que é transversal. Muito diferente das outras portas e arcos de Paris, o Arc de Triomphe Du Carrousel, tem uma aparência mais sofisticada, apesar de ser o menor, com 14,60 metros de altura e sua base é um retângulo de 19,60 metros de comprimento por 8,65 metros de largura. É coroado com um imponente friso de mármore cereja da Itália. Apresenta oito colunas coríntias de mármore branco e vermelho. Cada uma das oito colunas tem uma estátua diferente de um soldado do Grande Exército Francês. Esta série de estátuas é interessante por causa da verdade das atitudes e da precisão dos uniformes em uma época em que apenas a nudez e a idealização prevaleciam na Antiguidade. A ornamentação do Arc de Triomphe não mudou desde o início do século XIX. As colunas de granito rosa vêm do antigo Castelo de Meudon, destruído em 1804 e do qual foram recuperados alguns elementos. É considerado Monumento Histórico desde 1888. Existem entradas sob cada uma de suas quatro faces.

Arc de Triomphe Du Carrousel e ao lado direiro
Musée de l’Orangerie
Na Face Norte (em frente ao Jardin des Tuileries), o baixo-relevo de Deseine representa “A Entrada em Viena”; Na Face Sul (lado do Rio Sena), o baixo-relevo de Lesueur representa “A Paz de Pressburg”; Na Face Leste (lado da Place Du Carrousel), da esquerda para a direita: um soldado, de Taunay, um dragão, por Corbet, um caçador a cavalo, de Foucou, um fuzileiro, de Chinard. Entre as duas colunas da esquerda, um baixo-relevo de Cartellier representando “A Capitulação de Ulm”, entre os que estão à direita: um baixo-relevo de Espercieux representando “A Batalha de Austerlitz”. Na Face Oeste (lado do Musée Du Louvre), da esquerda para a direita: um granadeiro, por Dardel, um fuzileiro da linha, de Antoine Mouton, um artilheiro, por Bridan, um sapador, por Dumont. Entre as duas colunas da esquerda, um baixo-relevo de Clodion representando “A Entrada do Exército Francês em Munique”; Entre os que estão à direita: um baixo-relevo de Ramey representando “A Entrevista de Tilsit”. Os temas dos baixos-relevos ilustrando as batalhas foram escolhidos pelo diretor do Museu Napoleão (situado à época no Palais Du Louvre), Vivan Denon, e desenhados por Charles Meyner.

Arc de Triomphe Du Carrousel
A quadriga, coroando o Arco, é cópia dos Cavalos de Bronze de Constantino I, parelha ornando a parte superior da porta principal da Basílica de São Marcos de Veneza. Com efeito, ao voltar da Primeira Campanha da Itália (1796-1797), o exército francês, comandado pelo general do “Exército da Itália”, Napoleão Bonaparte, trouxe de Veneza (1798) o original da escultura como “tesouro de guerra” e a colocou sobre o monumento. Ele foi cercado por duas “vitórias” a partir de 1808. O diretor do Musée Du Louvre, a quem foi confiado o projeto deste Arc de Triomphe, encomendou ao escultor François Lemot uma Estátua de Napoleão levando a carruagem em triunfo. Uma iniciativa que não agradou ao Imperador, julgando indecoroso glorificar sua pessoa em um prédio público que ele ordenou para celebrar seu exército. Depois de ter sido esvaziado da Estátua de Napoleão, o topo do Arco foi esvaziado de seus cavalos. Em 1815, após a Batalha de Waterloo e a queda do Imperador Napoleão I, a França entrega a quadriga aos austríacos que logo a devolvem para a cidade dos Doges, recentemente anexada ao Império Austríaco pelo Congresso de Viena. A cópia é então executada pelo escultor François Joseph Bosio em 1828. As duas estátuas de ouro nas laterais são originais. Neste Arco está gravado o nome de 128 batalhas e 558 generais. O Arco também possui um relógio de sol.

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