Paiol da Cultura (Maloca Indígena) |
O Bosque da Ciência é um pedacinho da
floresta no centro de Manaus, com
uma área de aproximadamente 13 hectares. O Bosque da Ciência foi inaugurado em abril
de 1995 em comemoração aos 40 anos do Instituto
Nacional de Pesquisas da Amazônia (INPA),
uma das mais importantes instituições de pesquisa da Amazônia. O INPA foi fundado em 1952 e está ligado ao
Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação,
com a finalidade de fornecer um conhecimento profundo sobre a Floresta Amazônica. O Bosque por sua vez, foi projetado e estruturado para fomentar e
promover o desenvolvimento do programa de difusão
científica e de educação ambiental do INPA, ao
mesmo tempo preservando os aspectos da biodiversidade existente no local.
A ideia de sua criação era simples: abrir as portas para a população e
aproximar as pessoas da produção científica. A maior parte das pesquisas tem foco nos tópicos de ecologia, zoologia e botânica.
Passarelas suspensas entre as árvores |
Possui várias coleções com muitos exemplares e
amostras da fauna e da flora da Região
Amazônica, composta por vários acervos, que foram reunidos ao longo de mais
de 50 anos de inventários e pesquisas desenvolvidas pelo INPA na Amazônia. O Herbário do INPA possui a maior coleção
de plantas da Amazônia e é o quinto
maior herbário brasileiro. Conta com mais de 237 mil exemplares registrados,
uma coleção de mais de 25 mil fototipos, além de coleções associadas: Carpoteca, com cerca de 2.500 frutos
e Xiloteca, representada por
10.445 amostras de madeira. Este acervo está sendo digitalizado, e mais de 450
mil imagens já estão disponíveis online, com seus respectivos
dados. Alguns projetos desenvolvidos no INPA
se destacam, tais como o Biosfera-Atmosfera
na Amazônia (LBA), Programa de Pesquisa em Biodiversidade
(PPBio), Projeto Dinâmica Biológica de Fragmentos Florestais (PDBFF) e sete projetos da Rede de Institutos Nacionais de Ciência e
Tecnologia – INCTs.
Tanque dos Peixes-boi |
O Bosque da Ciência
recebe cerca de 120 mil visitantes por ano. Em 2014, o espaço ficou em terceiro
lugar entre os 10 melhores zoológicos e aquários do Brasil. O Bosque da Ciência
é uma excelente opção de passeio para fazer em Manaus com crianças. Ao entrar no Bosque da Ciência, uma das primeiras atrações que o visitante
avista é o tanque onde estão os animais aquáticos resgatados por pesquisadores
que trabalham com estes bichos – a maioria deles, peixe-boi. Em geral, são
peixes-boi que ficaram órfãos após suas mães terem sido abatidas no rio, por
pescadores e/ou caçadores, e que não sobreviveriam sozinhos na natureza. Esta é
uma das atrações que mais encantam os visitantes, o Tanque dos Peixes-boi, que ficam
rodeados de crianças. Outra espécie aquática encontrada no Bosque da Ciência é a ariranha, embora
em menor número. Não se vê guias para acompanhar os visitantes, mas o Bosque da Ciência tem pequenas placas
explicativas em português e em inglês sobre as atrações da fauna e da flora
encontradas no local. Quando chegamos recebemos
logo um mapa com orientações e informações sobre o Parque. Podem-se ficar horas
passeando por lá.
Casa da Ciência |
Os
turistas circulam sobre uma passarela de
concreto suspensa, de onde se avista o Bosque na altura da copa das árvores,
admira-se uma Tanimbuca, árvore com
mais de 30 metros de altura e idade estimada de 600 anos. A floresta do Bosque da Ciência tem uma rica
biodiversidade, é densamente fechada, embora cortada por trilhas urbanizadas, onde
o visitante pode conhecer a flora e, com um pouco de sorte, encontrar animais
como araras, bichos-preguiça, macacos, cutias, pacas, capivaras, preguiças, entre
outros circulando tranquilamente pelo local. O
Bosque oferece à população uma nova opção de lazer com caráter sócio-científico
e cultural, além de oferecer atrativos turísticos e entretenimento. Além
da fauna e flora, o local também desenvolve programações temporárias, como
exposições e feiras. Atividades como estas são realizadas, em geral, no Paiol da Cultura.
Casa da Ciência |
Antes ou depois de um longo passeio pelo Bosque da Ciência, descobrindo árvores e animais em cada canto, é
muito bom completar o passeio com uma boa olhada na Casa da Ciência e seu acervo. Trata-se de um pequeno museu no
estilo Ciências Naturais, onde se
encontram maquetes e cenários em tamanho real mostrando a vida de ribeirinhos e
seringueiros, seus objetos e modo de vida. Uma
das curiosidades que mais chama a atenção é a maior folha do mundo. Trata-se de
uma folha de nome Coccoloba spp. (Polygonaceae), que mede 2,50 metros de
comprimento. Dentro da Casa da Ciência tem um espaço
interativo para as crianças, onde elas podem tocar e girar os cubos com
fotografias dos insetos e depois pintar um desenho.
Lago Amazônico |
Perto da Casa da Ciência,
fica a Ilha de Tanimbuca, com um pequeno
riacho onde vivem peixes e quelônios e uma réplica de maloca, onde artesãs indígenas vendem colares, pulseiras e brincos. Outro atrativo é o
Lago Amazônico, um ambiente onde vivem diferentes espécies de quelônios (tracajás
e tartarugas) e peixes. Para chegar nele o ideal é fazer o percurso pelas
trilhas suspensas. Os visitantes podem alimentar os animais do Lago, adquirindo
uma ração especial na sorveteria localizada próxima à Casa da Ciência. Os jacarés, de várias espécies, ficam em áreas
cercadas, próximas ao lago.
Poraquê ou Peixe Elétrico |
Não deixem de conhecer o Poraquê ou peixe elétrico. É assim
chamado por sua capacidade de gerar descarga elétrica de forte potência (até
600 volts), sendo esta utilizada para gerar um campo elétrico em torno do
corpo, que permite o reconhecimento da área ao redor e o atordoamento de suas
presas. Não aconselho ninguém a experimentar. O Bosque da Ciência
é aconchegante. Quem ficar cansado durante as caminhadas pode recuperar o
fôlego nos bancos localizados ao longo dos caminhos. Alguns chapéus de palha
também podem ser uma alternativa para um descanso ou bate-papo. Há sorveteria e
lanchonete para quem quiser degustar produtos regionais, como tapioca e
sanduíche de tucumã, e sucos e sorvetes feitos de frutos da região.
Casa de madeira |
O Bosque só fica fechado às
segundas-feiras e o ingresso para visitantes tem valor simbólico. Crianças até
10 anos e pessoas a partir de 60 anos não pagam. A entrada é pela Rua
Otávio Cabral, entre os bairros do Aleixo
e Petrópolis, na Zona Sul de Manaus, com estacionamento
em frente. Além da fauna e flora, o local também desenvolve programações
temporárias, como exposições e feiras. Atividades como estas são realizadas, em
geral, no Paiol da Cultura.
Tanque dos Peixes-boi |
Casa da Ciência |
Extração de Látex da Seringueira |
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