quarta-feira, 15 de julho de 2015

Manaus - Largo de São Sebastião


Monumento de Abertura dos Portos no
Largo de São Sebastião
Não seria exagero dizer que o Largo de São Sebastião, localizado no Centro Histórico da cidade, é o lugar mais acessível para ser visitado em Manaus. Também conhecido como Centro Cultural Largo de São Sebastião, é um espaço revitalizado que resgata a memória viva da Manaus Antiga. Idealizado para o exercício do lazer e da arte, democratiza o acesso à cultura, gerando renda para a classe artística e movimenta o comércio existente no entorno. É gerenciado pelo Governo do Estado do Amazonas, por intermédio da Secretaria de Estado de Cultura (SEC). Sua localização privilegiada expõe um dos ambientes urbanos mais queridos da capital e seu maior “vizinho” é o grandioso (em tamanho e importância) Teatro Amazonas. Além do Teatro, reúne grandes monumentos da história manauara, como a Igreja de São Sebastião, o Palácio da Justiça e o Monumento de Abertura dos Portos. O Largo está disponível a qualquer hora do dia e o deslocamento até ele é muito fácil.

Monumento de Abertura dos Portos 
no Largo de São Sebastião

Teatro Amazonas, no Largo de São Sebastião
Em forma de círculo, a Praça é cercada de árvores nas laterais. Um de seus maiores destaques é o piso em pedrinhas nas cores preto e branco, que faz referência ao Encontro das Águas. O chão da Praça São Sebastião inspirou o piso do calçadão da Praia de Copacabana, no Rio de Janeiro, que tem o mesmo desenho ondulado que reproduzem os banzeiros dos rios. Outro destaque da Praça é o Monumento da Abertura dos Portos às Nações Amigas, que marca o início do comércio com outros países, além de Portugal. Construído em mármore, ele está localizado bem no meio da Praça, rodeado por árvores e ao redor há um chafariz. O monumento tem muitos detalhes que podem ser observados por alguém mais atento. A escultura de uma mulher, que representa a Amazônia, sendo cortejada por Hermes, deus grego do comércio, fica no topo. Na base, quatro caravelas apontam para direções diferentes, cada uma representando um continente (Américas, Europa, Ásia e África).



Palácio da Justiça
Atrás do Teatro, tem-se o Palácio da Justiça. Hoje funcionando como Centro Cultural, ele está aberto à visitação guiada e exibe exposições periódicas de artistas locais. Além de ter uma das fachadas mais bonitas de todo o Centro Histórico de Manaus, o interior do seu hall de entrada é o mais imponente de toda a cidade (mais até do que o do Teatro Amazonas). Localizada acima do pórtico central a deusa Têmis, da mitologia grega, personifica a Justiça e a Lei Eterna. A deusa, com uma balança e uma espada, simboliza a imparcialidade e inexorabilidade da Justiça.

Palácio da Justiça


Deusa Têmis
O Largo de São Sebastião é um importante ícone para o cenário histórico e cultural de Manaus, pois está diretamente relacionado com o Ciclo Econômico da Borracha, que já se fazia presente na exportação regional desde 1827. Manaus deveria se apresentar moderna, limpa e atraente. Então, com a justificativa de modernizar e embelezar a cidade, os governantes da época passaram a se preocupar mais com a aparência do lugar, tendo em vista a atração de mais investimentos e a visibilidade internacional da então Tapera de Manaus. Falar deste importante símbolo é também abordar a importância e história de monumentos, praças, prédios e outros que embelezam a cidade de Manaus uma vez que existe uma relação entre suas histórias.

Casarões históricos no Largo de São Sebastião
No Largo de São Sebastião, o visitante pode assistir ao ar livre e gratuitamente shows musicais, apresentações de teatro, concertos e até montagens operísticas, conforme a programação do órgão responsável. Fazem parte da programação do Largo o Projeto Circo na Praça, com atividades totalmente voltadas para espetáculos circenses, o Projeto Arte por Toda Parte, que leva para o público a música local e a música popular brasileira, além das brincadeiras infantis, oferecendo brinquedos confeccionados em madeiras (cavalinhos), que resgatam brincadeiras de época como: bambolê, perna de pau, pula corda, etc.

Casarões históricos no Largo de São Sebastião

O Largo de São Sebastião vai além de seu perímetro. Localizado na Rua José Clemente, o Largo de São Sebastião é um espaço que anos atrás foi revitalizado. Tudo nele tem importância histórica. Em seu entorno, estão casas históricas que também foram revitalizadas e dão um embelezamento a mais ao local. Para chegar ao Largo, há diferentes vias, as mais conhecidas são Avenida Eduardo Ribeiro e Rua 10 de julho. Em 2005, o Governo decidiu fechar parcialmente algumas ruas nos arredores do Teatro Amazonas, restringindo-as somente ao tráfego de pedestres. A história que se escreve agora é de todos que usufruem deste espaço, seja para se divertir ou trabalhar.

Biblioteca Municipal João Bosco Pantoja Evangelista

Alguns dos prédios históricos ao redor funcionam como bares e restaurantes. Um dos mais frequentados é a African House, que vende sanduíches e sucos. Um deles é o famoso Bar do Armando, clássico espaço boêmio, frequentando por pessoas de todas as classes sociais. A Tambaqui de Banda, peixaria que tem várias filiais espalhadas pela cidade, oferece aos turistas e locais os saborosos peixes regionais, e a Sorveteria Glacial, os sorvetes feitos de frutas regionais como o cupuaçu e o açaí. Uma banca de comida, feita de ferro trabalhado, oferece a oportunidade de os visitantes experimentarem uma das comidas típicas mais apreciadas da região, o tacacá, feito com goma de tapioca, tucupi, jambu e camarão. À noite, o Largo de São Sebastião fica mais efervescente, quando o número de frequentadores aumenta e todos os estabelecimentos estão funcionando.

Casarão histórico no Largo de São Sebastião

Há também uma banca de revista. Mas não é uma banca qualquer. O local vende revistas e livros e, ocasionalmente, também funciona como espaço de lançamento de livros. Milton Hatoum, o mais reconhecido escritor do Estado do Amazonas, quando realiza sessões de autógrafos em Manaus, sempre gosta de fazê-las na Banca do Joaquim, como é conhecido o local. Ao redor, há também a Galeria do Largo, que foi instalada dentro de um casarão histórico, que mantém a exposição permanente “Cidade Santa Anita”, de Mário Ypiranga Monteiro, e exposições temporárias. Ao lado, fica a Galeria Amazônica, que vende artesanato de diversas etnias indígenas do Amazonas. São vários objetos feitos a partir de fibras, madeira e sementes.

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