segunda-feira, 13 de julho de 2015

Manaus - Catedral Metropolitana de Manaus

Catedral Metropolitana de Manaus
A Catedral Metropolitana de Manaus, também conhecida como Matriz de Nossa Senhora da Conceição foi construída no final do século XVII. É o principal templo católico da cidade, remontando aos missionários carmelitas que, em 1695, ergueram a primeira Igreja Matriz de Nossa Senhora da Conceição. Na ocupação do Amazonas predominaram os missionários: Jesuítas, Franciscanos, Mercedários e Carmelitas. Estes últimos substituíram os Jesuítas ao longo do curso dos Rios Solimões e Negro. O objetivo era não apenas catequizar os índios, mas também, proteger o território dos espanhóis que naquela época detinham a porção oeste do país. A Catedral foi erguida de forma muito simples no entorno da Fortaleza de São José da Barra do Rio Negro. Por conta da ordem a que pertenciam os missionários que a fundaram, ela foi naturalmente dedicada a Nossa Senhora da Conceição. Nesse período, Manaus tinha aproximadamente 30 mil habitantes e se resumia a três áreas conhecidas como São Vicente, Remédios e Espírito Santo. A economia era baseada no extrativismo e a atividade comercial era mínima.

Detalhe da fachada da Catedral de Manaus
A obra foi reconstruída pelo então presidente da Província, Manoel da Gama Lobo d’Almada, que ampliou suas instalações. Alguns índios foram admitidos na obra, em 1872, oriundos principalmente de aldeias de Canumã, Abacaxis, Uaranã, São Gabriel e Rio Branco, mas logo foram devolvidos às suas origens por não falarem a língua geral, o que dificultava a execução dos trabalhos. Em 1786 é construída a futura Catedral Metropolitana de Manaus. Em julho de 1850 a Catedral foi completamente destruída por um incêndio. O fato abalou a sociedade da época. Poucos ornamentos escaparam do incêndio. A exceção foram as imagens que estavam nos andores, no corpo da igreja. O prédio atual da nova igreja da Matriz foi inaugurado agosto de 1878.

Via Sacra
A fachada divide-se em dois andares, com poucos elementos ornamentais. Apresenta-se em estilo grego com grande parte do material importado da Europa, principalmente Portugal; é o caso dos seis sinos de fundição portuguesa (instalados em 1875) da capela-mor, do batistério e dos três altares, tudo em pedra de lioz vinda de Lisboa. As telhas vieram de Nova Rainha (hoje Parintins). Está situada na parte central da cidade, sobre uma elevação entre os igarapés do Espírito Santo e da Ribeira (ambos aterrados), na Praça XV de Novembro, com sua fachada principal voltada para o Rio Negro, que até hoje é o principal portão de entrada da capital amazonense. A sua escadaria foi construída em forma de lira e os canteiros do jardim foram dispostos à semelhança das cordas do instrumento.

Detalhe do Muro da
        Catedral Metropolitana de Manaus
A Praça XV de Novembro, onde está localizada a igreja, já recebeu diversos nomes como Largo da Olaria, Praça da Imperatriz, Praça do Comércio ou Praça Osvaldo Cruz. De todos esses nomes o mais importante é ter sido denominado de Largo da Olaria e este foi um dos primeiros nomes, ainda, no Brasil Colônia. A Praça da Matriz que em 1953 foi inundada pela enchente que causou muitos estragos na cidade de Manaus, no século XXI continua inundada só que de profissionais do sexo, aviões (como são conhecidos os que passam drogas), senhores "distintos" cansados da monotonia de casa, promotores de cartões de créditos, fotógrafos entre outros vendendo algo ou alugando a si mesmo, verdadeira cidade dentro da capital.

Chafariz da Praça Santos Dumont
Ao longo da história, a Igreja da Matriz Nossa Senhora da Conceição e a Praça, a qual leva o seu nome passaram por profundas transformações decorrentes dos diversos momentos históricos na qual estavam inseridas. Hoje tanto a Praça da Matriz quanto a Igreja ali situada possuem registradas em seus elementos decorativos os mais relevantes acontecimentos da história de Manaus, indo desde a fundação da cidade, passando pelo período republicano, da Zona Franca e, chegando à atualidade.

Relógio da Municipalidade
A Catedral ainda conserva à direita de sua entrada principal um mausoléu com os restos mortais de Dom Lourenço Costa Aguiar, bispo à época de sua fundação. A primeira grande reforma realizada nesse templo ocorreu em 1916. A Igreja Matriz sofreu sua última grande restauração entre 2001 e 2002. A partir daí, a Catedral passou a abrigar em uma de suas alas um museu que permite observar a história e o acervo do local. A Catedral já recebeu a visita do Papa João Paulo II, em 1980, quando visitou a cidade de Manaus. A cadeira que ele utilizou ao celebrar a missa campal na cidade, até hoje está guardada no museu da igreja. Fazem parte do Complexo da Igreja Matriz, o Chafariz da Praça Santos Dumont e o Relógio da Municipalidade. As praças foram arruinadas bem como retirados seus monumentos, lajotas de Canária de mármore da Igreja Matriz substituídos por peças de cimento. Infelizmente não pudemos entrar na Catedral, pois estava fechada para reformas. Todo o complexo da Igreja Matriz está precisando de reformas, o abandono é evidente.

Catedral Metropolitana de Manaus

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