sábado, 18 de julho de 2015

Pará - Belém do Pará

Radisson Maiorana Hotel
De Manaus para Belém do Pará dá pouco mais de uma hora de avião. Belém do Pará está no mesmo fuso horário de Brasília, podemos acertar os relógios novamente. Chegamos ao Aeroporto Internacional de Belém ou Val-de-Cans (um exemplo de padrão a ser seguido por alguns aeroportos brasileiros) e fomos direto para o Radisson Maiorana Hotel, um quatro estrelas localizado no Bairro Nazaré, a 10 minutos a pé de vários pontos turísticos da cidade. Belém do Pará tem praticamente a mesma temperatura de Manaus, com a diferença que é a capital mais chuvosa do Brasil. Existe um ditado local que diz “Belém quando não chove todo dia, chove o dia todo”, é incrível como chove naquela terra e quando o céu fica preto é bom se abrigar onde puder, porque despenca uma água danada. Precisamos comprar um guarda-chuva porque dependendo do lugar em que estávamos não dava tempo de nos abrigar, e chove sem dó.

Arquitetura típica de Belém
Belém do Pará possui um dos maiores Índices de Desenvolvimento Humano (IDH) entre os municípios do norte brasileiro, o que dá para perceber claramente comparando-a com Manaus. Em seus quase 400 anos de história, Belém vivenciou momentos de plenitude, entre os quais o período áureo da borracha, no início do século XX, quando o município recebeu inúmeras famílias europeias, que influenciaram grandemente a arquitetura das edificações locais, ficando conhecida na época como “Paris n’América”. Hoje, apesar de ser cosmopolita e moderna em vários aspectos, Belém não perdeu o ar tradicional das fachadas dos casarões, das igrejas e capelas do período colonial. As incontáveis mangueiras existentes nas ruas da cidade ajudam a amenizar o calor. Além de aliviar o calor, as mangueiras ornamentam a cidade e fazem a delícia dos amantes da manga, já que, em janeiro e fevereiro, época da safra, Belém é inundada pelo fruto, sendo assim conhecida como “Cidade das Mangueiras”. Quando chegamos, no início de março, ainda tinha muita manga no chão.

Arquitetura típica de Belém
A capital paraense desponta como grande roteiro turístico do Brasil, sendo a segunda cidade mais visitada da Amazônia. O Círio de Nazaré, a bicentenária e maior procissão cristã do planeta, movimenta a economia da cidade. No período há aquecimento na produção industrial, no comércio, no setor de serviços e no turismo. A cidade começa a explorar o mercado da moda, com os eventos Belém Fashion Days (está entre os cinco maiores eventos de moda do País) e o Amazônia Fashion Week (maior evento de moda da Amazônia). Por ser o município mais antigo da Amazônia e com todas as condições infraestruturais como o Aeroporto Internacional, o Estádio Olímpico com arena poliesportiva e o Centro de Convenções Hangar e Centur, Belém é palco de grandes eventos.

Arquitetura típica de Belém
Além dos pontos turísticos mais conhecidos, existem tranquilas e pouco exploradas opções de lazer nas 18 ilhas que cercam a capital, lar de ribeirinhos e de uma natureza ainda preservada, onde pequenas canoas carregam frutos e peixes para a cidade. Ao atravessar o Rio Guamá em cerca de 20 minutos, a transição entre cidade e natureza é evidente: os barulhos e luzes da grande cidade vão ficando para trás, dando lugar ao silêncio e aos sons da floresta acompanhados por uma temperatura mais baixa. As ilhas mais próximas, são frequentadas no fim de semana no horário do almoço até o entardecer onde tomam banho de rio e degustam pratos típicos da culinária em cerca de 12 restaurantes. Destacando-se a Ilha do Combu e a Ilha dos Papagaios, onde ocorre uma revoada de aves ao amanhecer (milhares de papagaios da espécie Amazona amazônica). Para os que dispõem de mais tempo, existe a Ilha de Mosqueiro (com 17 quilômetros de praias de água doce com movimento de maré – “o rio com ondas”) e a Ilha Outeiro, mais distantes e com maior infraestrutura.


Arquitetura típica de Belém

A Belém gastronômica é um interessante caldeirão de misturas étnicas. A comida indígena paraense tem sabores africanos, portugueses, alemães, japoneses, libaneses, sírios, judeus, ingleses, barbadianos, espanhóis, franceses e italianos. Os povos que chegaram à capital se encantaram com a cozinha nativa e, aos poucos, foram incorporando seus ingredientes. A forte influência indígena, criou pratos típicos como: pato no tucupi, tacacá, maniçoba, tucunaré cozido, caruru, normalmente acompanhados com jambu e farinha d’água, entre outras delícias como o açaí. Há quem diga que o sabor dos peixes e das frutas é realmente diferente. Os elementos encontrados na região formam a base de seus pratos. Com mais de uma centena de espécies comestíveis, as frutas regionais podem ser encontradas no Ver-o-Peso, feiras livres, mercados e supermercados do município; elas são responsáveis diretas pelo sabor das sobremesas que enriquecem a mesa paraense. Destacam-se: açaí, bacaba, cupuaçu, castanha-do-Pará, bacuri, pupunha, tucumã, muruci, piquiá e taperebá. Aproveitando essas peculiaridades, a região faz grande divulgação da culinária, sediando o Festival Ver-o-Peso da Cozinha Paraense e o Festival Internacional do Chocolate e Cacau Amazônia.

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