terça-feira, 31 de maio de 2016

Nova Odessa - Jardim Botânico Plantarum

Jardim Botânico Plantarum
A visita ao Jardim Botânico Plantarum, foi indicação de um amigo, conhecedor dos parques e jardins brasileiros. Para quem se interessa pelo universo das plantas e procura um lugar especial para passear na região de Campinas, esta é uma boa dica. Assim que adentramos ao parque e vimos as primeiras plantas, percebemos que todo o seu acervo de espécies é sinalizado com placas exibindo o nome científico, popular e de origem. Achamos muito educativo, sem falar da interação que temos com toda aquela vegetação exuberante já que podemos passear por cada cantinho. Em suma, este é um local para se passar horas, sem pressa para curtir a natureza, admirar suas diversas plantas, algumas até em extinção; ouvir e ver diversas espécies de pássaros, enfim sentir o que de melhor pode-se ter em um local repleto de verde, flores e ainda com um importante detalhe: Tudo é muito bem cuidado e organizado. 

Jardim Botânico Plantarum

Jardim Botânico Plantarum

Jardim Botânico Plantarum



Lago Vitória Régia
O Jardim Botânico Plantarum, fica na cidade de Nova Odessa, no Estado de São Paulo, a 126 quilômetros da capital, é o maior da América Latina em número de espécies. O local foi aberto ao público em 2011 e possui cerca de 3.600 plantas. O Jardim Botânico é reconhecido pela Comissão Nacional de Jardins Botânicos e supera o parque do Rio de Janeiro, que tem 3.428 espécies e é o segundo maior da América Latina. O Jardim Botânico é um centro de referência em pesquisa e conservação da flora brasileira e foi idealizado em 1990 pelo engenheiro agrônomo e botânico Harri Lorenzi. O local tem como objetivo o estudo e a preservação da biodiversidade vegetal brasileira e do meio ambiente, através de ações educacionais e de pesquisa.

Lago Vitória Régia




Uma das esculturas do Jardim Botânico Plantarum
Após 30 anos de expedições científicas pela América Latina para adquirir conhecimento sobre a conservação das plantas ameaçadas de extinção e para organizar o acervo botânico, Lorenzi decidiu apresentar ao público o material juntado durante a pesquisa. Em 1998 o Instituto Plantarum de Estudos da Flora, que pertence ao engenheiro agrônomo, comprou uma área de 10 hectares, onde funcionava uma fábrica de lançadeiras (peças feitas em madeira para uso na indústria têxtil). Depois de adquirir o terreno, Lorenzi fez o projeto do local, que começou a receber tratamento de paisagismo e ambiental, sendo estruturado para o desenvolvimento das pesquisas científicas e para o cultivo sistemático das coleções botânicas em formação.





Lago Vitória Régia
Nove anos após a compra do terreno e já com a estrutura montada, Lorenzi convidou 16 pessoas de diversas formações profissionais, mas ambientalmente responsáveis, para se associarem ao local. Sendo fundado o Jardim Botânico Plantarum, que se tornou uma Organização Não Governamental (ONG) de caráter privado, mas sem fins lucrativos. O Jardim Botânico tem 80 mil metros quadrados de jardins temáticos, lagos, bosques, estruturas técnicas e coleções científicas. As plantas são distribuídas de acordo com suas características e necessidades. O local também possui uma área específica para pesquisa, além de um banco genético de plantas.

Escultura em homenagem à mãe do fundador do Jardim Botânico


Lago Vitória Régia
O local é um dos únicos jardins botânicos brasileiros privados com estrutura semelhantes aos maiores e mais consagrados jardins europeus e americanos, mas que prioriza a flora brasileira em sua coleção 100% identificada, catalogada e sinalizada, levando com isso o conhecimento a qualquer visitante. No início, as espécies vegetais foram plantadas de maneira aleatória. Com o passar do tempo, após conhecer melhor a topografia e a geografia do terreno, o idealizador reorganizou as coleções. Entre as mais de 3.600 espécies, o Jardim possui plantas raras, como a árvore-do-imperador ou fruta-do-imperador, com nome científico Chrysophyllum imperiale.



Uma das fontes do Jardim Botânico Plantarum
O Herbário do Jardim Botânico Plantarum foi fundado por seu diretor, Harri Lorenzi, em 2002 – o início de sua coleção, no entanto, remonta ao ano de 1990. Desde 2008 está indexado sob a sigla HPL junto ao Index Herbariorum, cadastro internacional de herbários. O Herbário HPL também integra a Rede Brasileira de Herbários (RBH), por sua vez ligada à Sociedade de Botânica do Brasil. Localizado no subsolo do prédio administrativo, o Herbário HPL dispõe de mais de 15 mil exsicatas em seu acervo, originárias, em sua vasta maioria, da flora nativa de nosso país. Entre as mais de 300 famílias de angiospermas, gimnospermas e pteridófitas que compõe seu patrimônio, o primeiro grupo respondendo por aproximadamente 95% dos acessos, destacam-se as coleções de Acanthaceae, Araceae, Arecaceae, Begoniaceae, Gesneriaceae, Marantaceae e Passifloraceae.




Uma das trilhas do Jardim Botânico Plantarum
Para regar todas as plantas e manter a paisagem, o Jardim Botânico possui tanques para armazenamento da água das chuvas com capacidade total para 14 milhões de litros. Mesmo com o período de estiagem vivido no Estado de São Paulo, o local consegue usar a água dos reservatórios devido à quantidade armazenada no decorrer dos anos. Toda a área possui sistema de irrigação. Durante os 16 anos de existência do Jardim Botânico, todo o entulho gerado foi usado no próprio Jardim. 





O Jardim Botânico Plantarum fica aberto de quarta-feira a domingo, das 9:00 às 17:00 horas. É necessário comprar ingresso para visitar o local. Na área de visitação não há degraus, o que torna agradável a visita de pessoas com mobilidade reduzida ou com carrinhos de bebê. Além dos acessos pavimentados é permitido andar no gramado. Quando a gente compra o ingresso, recebe um guia impresso de visitação que facilita aos turistas que desejam criar seu próprio roteiro e explorar o Jardim seguindo apenas as placas interpretativas. Para quem prefere, as visitas guiadas consistem na prática de uma trilha interpretativa, ao ar livre. Tem duração média de duas horas. São destinadas a grupos interessados em abordagens mais aprofundadas sobre os projetos desenvolvidos pelo Jardim Botânico. Os grupos são de no máximo 15 pessoas, e o preço neste caso é mais salgado. No local há também um empório e uma loja de souvenires especialmente elaborados com foco na sustentabilidade ambiental (lápis feitos de jornal, camisetas de garrafa PET, cerâmicas, aquarelas, mudas de árvores nativas, livros e outros).


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