quinta-feira, 12 de maio de 2016

Campinas - Largo das Andorinhas

Monumento Bicentenário de Campinas,
no Largo das Andorinhas
Uma das mais famosas e antigas praças de Campinas, o Largo das Andorinhas está localizado entre as Ruas Thomaz Alves, Benjamin Constant e a Avenida Anchieta, em frente ao Colégio Carlos Gomes e a Prefeitura de Campinas. Testemunho de uma Campinas de fins do Período Imperial, esta Praça tem uma área de 1.700 metros quadrados e recebeu esse nome em referência a um mercado de hortaliças edificado em agosto de 1886, nas proximidades da Praça, e demolido em abril de 1956. Depois de desativado, o prédio foi tomado pelas andorinhas durante longos anos, ficando popularmente conhecido como “Casa das Andorinhas”. Na época da escravidão, o tronco para castigos dos escravos ficava a aproximadamente 200 metros do Largo das Andorinhas, na então Praça da Matriz Velha, possivelmente no cruzamento das Ruas Barão de Jaguara e Benjamin Constant. Por esse motivo, ele já foi conhecido também como Largo do Pelourinho.

Largo das Andorinhas

Monumento Bicentenário de Campinas,
no Largo das Andorinhas
O título de Cidade das Andorinhas dado a Campinas não foi por acaso. Antigamente, um bando de andorinhas tomava conta da cidade e sobrevoava os céus, anunciando a chegada do entardecer. Era um espetáculo admirado por muitos. A fama nacional da cidade foi reconhecida depois que Rui Barbosa visitou Campinas em 1914 e assistiu aos voos rasantes das aves no extinto Mercado de Hortaliças. Em uma só tarde, um pesquisador da época chegou a estimar 30 mil andorinhas nos telhados. A cidade ainda é fluxo migratório das andorinhas, que em algumas épocas podem ser avistadas nos céus, mas em pouca quantidade, nunca antes como outrora.

Monumento Bicentenário de Campinas,
no Largo das Andorinhas

Monumento Bicentenário de Campinas visto
por outro ângulo
Com um projeto de revitalização, a Praça recebeu uma obra representando um grupo de andorinhas em pleno voo, em bronze sobre uma base de granito picotado cor rosa, executado pelo escultor Lélio Coluccini, terminado em 1957, não tendo inauguração oficial. Em 1974, essa obra foi transferida para o Palácio dos Jequitibás, a cerca de 30 metros de seu local original. A transferência da obra aconteceu porque aquele era o ano de comemoração do Bicentenário de Campinas. Para a data, o escultor Lélio Coluccini projetou um monumento com base em dois elementos fundamentais: o número dois, alusivo ao Bicentenário, e com uma grande extensão indicando o crescimento vertiginoso de Campinas nos últimos anos. A obra foi executada em concreto aparente, com 28 metros de altura, sete de largura e 7,5 metros de comprimento. Na frente está uma figura de uma mulher coroada com quatro metros de altura, que representa a Princesa D’Oeste. A estátua tem uma área vazada no peito e segura o Brasão de Campinas, simbolizando o coração aberto a quem procurar a cidade. No pilar, está a data de fundação e a do Bicentenário da cidade. Concebido com muita arte, o monumento, apesar de suas grandes dimensões, possui leveza e finura de estilo, constituindo-se numa das mais belas obras de arte públicas de Campinas.

Edifício Andorinhas

Edifício Andorinhas
A cidade de Campinas possui, aproximadamente, 2.200 praças urbanizadas. Desde 2013, foram revitalizadas por meio do Programa “Campinas bem Verde” cerca de 200 praças e parques, numa iniciativa da Prefeitura Municipal de Campinas e do Departamento de Parques e Jardins (DPJ), responsável pelo gerenciamento, conservação, preservação das espécies, tanto da fauna e flora como na manutenção das características ambientais. Em setembro de 2013, a Praça foi modificada. Os jardins da Praça foram reformulados e receberam terra com nutrientes necessários para garantir o crescimento das plantas e a produção de flores. Logo após, a Praça contou com o plantio de 5.000 mudas de flores amarelas, vermelhas e laranja, ficando um cenário mais agradável e bem colorido.


 A imponência da porta do Edifício Andorinhas

Edifício Andorinhas
A Praça é pequena e bem arborizada. Conta com bancos e jardins floridos, porém precisa de uma reurbanização, já que tem um aspecto de abandono. Na Praça se localiza além do Monumento ao Bicentenário, o Edifício Andorinhas, um dos primeiros a serem erguidos na cidade, e é um dos mais belos do Centro Histórico de Campinas e a pequena Travessa de São Vicente de Paula que é também conhecida como Beco do Inferno.

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