Palácio dos Jequitibás - Prefeitura Municipal de Campinas |
O Complexo Palácio dos
Jequitibás é composto pelo Palácio
dos Jequitibás, sede da Prefeitura Municipal de Campinas, pelo Museu de Arte
Contemporânea de Campinas José Pancetti (MACC) e pela Biblioteca
Pública Municipal Prof. Ernesto Manoel Zink. Essa denominação foi criada
por mim, se você procurar pelo Complexo
Palácio dos Jequitibás no Google,
não vai encontrar nada. Os prédios estão localizados no mesmo terreno e
são interligados entre si, por isso achei interessante o termo Complexo para
defini-los. Um dos cartões de visita da cidade, o Palácio dos Jequitibás é cercado por canteiros e áreas verdes,
formadas por plantas de forração, folhagens, arbustos e pelos jequitibás-rosa
que dão nome ao Paço Municipal.
Palácio dos Jequitibás - Prefeitura Municipal de Campinas |
Palácio dos Jequitibás - Prefeitura Municipal de Campinas |
A construção do novo prédio da Prefeitura Municipal de Campinas fazia parte do projeto político
desenvolvimentista do Prefeito Ruy Novaes. Para tanto, ele negociou a ocupação
de parte do terreno da Santa Casa
por meio de um contrato inicial de permuta, e comandou os investimentos
milionários na execução da obra. O projeto vencedor foi escolhido por meio de
concurso público organizado pelo IAB-SP
lançado em 1957, e tinha como autores os arquitetos Rubens Gouveia Carneiro
Viana e Ricardo Sievers, também autores do projeto da Assembléia Legislativa do Estado de São Paulo. A imponência do
prédio impressionou até profissionais experientes do ramo. O edifício foi
pensado para ser um ícone de modernidade e eficiência. Suas obras foram
iniciadas em outubro de 1966, sendo inaugurado oficialmente em outubro de 1968,
substituindo a antiga sede da municipalidade, o Palácio dos Azulejos, prédio histórico e tombado como Patrimônio Arquitetônico de Campinas.
Atualmente, o imóvel abriga o Museu da
Imagem e do Som (MIS). O prédio
foi a sede do Governo Municipal de
1908 até 1968.
Paredes em mármore branco da Prefeitura Municipal de Campinas |
No começo, havia apenas o pavimento térreo. A torre com os
pavimentos superiores foi finalizada em 1972. Localizado à Avenida Anchieta, o prédio tem 19 pavimentos, sendo que cada
pavimento dispõe de 895 metros quadrados de área habitável, diferenciadas entre
si, apenas pela disposição dos sanitários internos, subsolo, o edifício
propriamente dito e dois blocos (no Bloco
A ficavam os gabinetes dos vereadores; no Bloco B, fica o Salão
Vermelho e outras repartições). O Palácio
dos Jequitibás abriga o Gabinete do
Prefeito e 20 Secretarias Municipais
com seus respectivos Departamentos e Setores e até 2005 abrigou no seu térreo e
primeiro piso da ala esquerda o Plenário e os gabinetes da Câmara Municipal de Campinas, cujo processo de transferência para
imóvel próprio no Bairro Ponte Preta
foi concluído em 2006.
Jardins da Prefeitura Municipal de Campinas |
Sino da Paz |
O Paço Municipal de
Campinas teve sua arquitetura concebida principalmente nos pavimentos tipo
(estrutura tipificada), para receber iluminação natural e ventilação cruzada,
com o uso adequado das janelas e brises de alumínio (uma inovação para a época)
que facilitam e controlam a circulação de ar natural, garantindo assim, um bom
nível de conforto em cada local ou pavimento. Há cinco décadas, o prédio já se
destacava pelos vãos livres e o número reduzido de paredes de alvenaria. A
construção conta com pilotis com pé direito duplo para segurar a laje de
transição. Havia flexibilidade espacial, e um cuidado enorme na harmonia
paisagística com o verde no entorno. Os detalhes arquitetônicos, a estrutura
impecável e a tecnologia de ponta eram referência. Possui uma área construída
de 29 mil metros quadrados. Os pisos, pilares e paredes eram revestidos com o
imponente mármore branco, que formava uma composição charmosa com taco, em cada
Departamento. Ao longo dos anos, o prédio teve suas instalações modernizadas e
adequadas às inúmeras demandas.
Jardins da Prefeitura Municipal de Campinas |
Bica de água nos jardins da Prefeitura de Campinas |
Jequitibás em frente à Prefeitura de Campinas |
O nome do Palácio é uma referência aos jequitibás-rosa
centenários que ficavam no terreno dos fundos de um hospital (no qual foi
erguido o Palácio), dos quais restaram poucos, entre eles “Seu Rosa” (que tombou sozinho em janeiro de 1999, com
aproximadamente 150 anos. Tinha 42 metros de altura e 5,5 metros de
circunferência e seis milhões de folhas) e “Seu
Rosinha”. O jequitibá-rosa é a árvore-símbolo de Campinas. É nativa do Brasil,
sendo das mais altas e belas de nossa flora. Frondosa, com grande copa,
floresce de setembro a março exibindo pequenas flores brancas. Depois faz voar
suas sementes aladas.
Os Epicuristas de Ricardo Cruzeiro visto da Prefeitura |
Os Epicuristas de Ricardo Cruzeiro com a Prefeitura ao fundo |
Museu de Arte Contemporânea de Campinas José Pancetti - MACC |
O Museu de Arte
Contemporânea de Campinas José Pancetti (MACC) é uma instituição pública municipal, subordinada à Secretaria da Cultura, Esporte e Lazer,
e voltada à conservação, estudo e divulgação da arte contemporânea brasileira.
Localiza-se em um edifício anexo ao Palácio
dos Jequitibás, sob a Biblioteca
Municipal Prof. Ernesto Manoel Zink na Avenida
Benjamim Constant, no centro de Campinas.
O Museu tem, como finalidade, reunir, documentar, estudar, conservar, expor e
divulgar a arte, bem como realizar outras atividades artísticos culturais.
Também é finalidade do MACC
desenvolver atividades artes educativas junto às escolas da cidade e a grupos
especiais. Realiza o Salão de Arte
Contemporânea de Campinas, uma das mais tradicionais premiações voltadas à
produção contemporânea do país.
Obra de arte nos jardins do Museu de Arte Contemporânea |
Monumento às Andorinhas, em frente ao Museu de Arte Contemporânea de Campinas - MACC |
Antiga reivindicação de intelectuais e artistas campineiros
envolvidos com o movimento contemporâneo nas artes plásticas, como Franco
Sacchi, Geraldo Jürgensen e Thomas Perina – entre outros integrantes do Grupo Vanguarda – o Museu de Arte Contemporânea de Campinas
foi fundado em setembro de 1965, por ocasião da realização do 1º Salão de Arte Contemporânea de Campinas.
Sua Primeira diretora foi a professora Jacy Milani. A princípio, o Museu
funcionou no antigo edifício da Companhia
Paulista de Força e Luz (CPFL),
localizado na Avenida da Saudade. Em
1973, uma doação do empresário e mecenas campineiro Roque Melilo permitiu a
construção de um edifício anexo ao Palácio
dos Jequitibás, sede do executivo municipal, para abrigar o Museu no andar
térreo, ficando o piso superior reservado à Biblioteca Pública Municipal. Em 1976, o MACC se transferiu para suas atuais instalações. Nesse mesmo ano, foi
batizado com o nome do pintor modernista campineiro José Pancetti, célebre
pelas marinhas e paisagens que realizou ao longo de sua vida.
Museu de Arte Contemporânea visto da Prefeitura |
Museu de Arte Contemporânea visto da Prefeitura |
Para a formação do acervo, o MACC contou com doações de artistas e colecionadores particulares e
com as aquisições feitas em salões e prêmios concedidos pela Prefeitura, Câmara Municipal e por outras instituições públicas e privadas. As
premiações do Salão de Arte
Contemporânea de Campinas, organizado desde sua primeira edição pelo Museu,
constituem, entretanto, a principal forma de ampliação do acervo. O 13º Salão, realizado em 1988, é
considerado um marco na história da instituição, pois a partir dessa edição o
Museu começa a se abrir às novas linguagens artísticas, como a videoarte e a
arte eletrônica. Nas últimas duas décadas, as exposições temporárias do Museu
têm ganhado notoriedade, destacando-se as mostras dedicadas a Burle Marx
(1990), Salvador Dalí (1998), Lasar Segall (2000), à arte brasileira no acervo
da Pinacoteca do Estado (2005),
entre outras.
Jardins do Complexo Palácio dos Jequitibás |
Interligação da Prefeitura com o Museu de Arte Contemporânea |
O MACC conta com
um acervo de aproximadamente 660 obras, entre pinturas, esculturas e objetos
tridimensionais, obras sobre papel, instalações, etc. A coleção aborda
majoritariamente a produção contemporânea brasileira, do pós-guerra aos dias de
hoje, abrangendo diversas correntes artísticas, da arte figurativa e do
abstracionismo às tendências e experimentações eletrônicas mais recentes, além
de um pequeno núcleo de arte moderna. Entre os principais artistas
representados no acervo, encontram-se Candido Portinari, Lasar Segall, José
Pancetti, Burle Marx, Bassano Vaccarini, Amélia Toledo, Sérgio Ferro, Luiz
Paulo Baravelli, Cláudio Tozzi, Ivald Granato, Cildo Meireles, Regina Silveira,
Emanoel Araújo e Hélio Oiticica, José Roberto Aguilar, Mira Schendel, Valtércio
Caldas, Grupo Vanguarda, entre outros.
Jardins do Complexo Palácio dos Jequitibás |
Biblioteca Pública Municipal "Prof. Ernesto Manoel Zink" |
A Biblioteca Pública
Municipal Prof. Ernesto Manoel Zink foi fundada em setembro de 1946, quando
o Grêmio da Escola de Biblioteconomia da
Universidade Católica, hoje PUC-Campinas,
tendo à frente a Sra. Laura Bierrenbach de Castro Vasconcelos e o professor
Ernesto Manoel Zink, realizaram uma campanha junto à população e reuniram
inicialmente um acervo de 2.139 volumes. Assim, inaugurou-se uma Biblioteca Pública circulante e
infantil, mais tarde ampliada e denominada Biblioteca
Pública Municipal. Inicialmente, foi situada em três andares de um edifício
na Rua Barão de Jaguara e depois, em
maio de 1947, mudou-se para o Teatro
Municipal Carlos Gomes, demolido em 1965. Em dezembro de 1959, mudou-se
para a Rua Dr. Quirino e, em janeiro
de 1966, para a Avenida da Saudade,
no então prédio da Secretaria de
Educação e Cultura. Em setembro de 1971, a Biblioteca recebe o nome de Biblioteca Pública Municipal Professor
Ernesto Manoel Zink. Em janeiro de 1975, o Município de Campinas recebe a doação de Roque Melillo
que permite comprar um terreno e construir o prédio onde hoje está situada a Biblioteca
e o Museu de Arte Contemporânea de Campinas
José Pancetti – MACC.
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