segunda-feira, 9 de maio de 2016

Campinas - Complexo Palácio dos Jequitibás

Palácio dos Jequitibás -  
Prefeitura Municipal de Campinas
O Complexo Palácio dos Jequitibás é composto pelo Palácio dos Jequitibás, sede da Prefeitura Municipal de Campinas, pelo Museu de Arte Contemporânea de Campinas José Pancetti (MACC) e pela Biblioteca Pública Municipal Prof. Ernesto Manoel Zink. Essa denominação foi criada por mim, se você procurar pelo Complexo Palácio dos Jequitibás no Google, não vai encontrar nada. Os prédios estão localizados no mesmo terreno e são interligados entre si, por isso achei interessante o termo Complexo para defini-los. Um dos cartões de visita da cidade, o Palácio dos Jequitibás é cercado por canteiros e áreas verdes, formadas por plantas de forração, folhagens, arbustos e pelos jequitibás-rosa que dão nome ao Paço Municipal.

Palácio dos Jequitibás - Prefeitura Municipal de Campinas

Palácio dos Jequitibás -  
Prefeitura Municipal de Campinas
A construção do novo prédio da Prefeitura Municipal de Campinas fazia parte do projeto político desenvolvimentista do Prefeito Ruy Novaes. Para tanto, ele negociou a ocupação de parte do terreno da Santa Casa por meio de um contrato inicial de permuta, e comandou os investimentos milionários na execução da obra. O projeto vencedor foi escolhido por meio de concurso público organizado pelo IAB-SP lançado em 1957, e tinha como autores os arquitetos Rubens Gouveia Carneiro Viana e Ricardo Sievers, também autores do projeto da Assembléia Legislativa do Estado de São Paulo. A imponência do prédio impressionou até profissionais experientes do ramo. O edifício foi pensado para ser um ícone de modernidade e eficiência. Suas obras foram iniciadas em outubro de 1966, sendo inaugurado oficialmente em outubro de 1968, substituindo a antiga sede da municipalidade, o Palácio dos Azulejos, prédio histórico e tombado como Patrimônio Arquitetônico de Campinas. Atualmente, o imóvel abriga o Museu da Imagem e do Som (MIS). O prédio foi a sede do Governo Municipal de 1908 até 1968.



Paredes em mármore branco da  
Prefeitura Municipal de Campinas
No começo, havia apenas o pavimento térreo. A torre com os pavimentos superiores foi finalizada em 1972. Localizado à Avenida Anchieta, o prédio tem 19 pavimentos, sendo que cada pavimento dispõe de 895 metros quadrados de área habitável, diferenciadas entre si, apenas pela disposição dos sanitários internos, subsolo, o edifício propriamente dito e dois blocos (no Bloco A ficavam os gabinetes dos vereadores; no Bloco B, fica o Salão Vermelho e outras repartições). O Palácio dos Jequitibás abriga o Gabinete do Prefeito e 20 Secretarias Municipais com seus respectivos Departamentos e Setores e até 2005 abrigou no seu térreo e primeiro piso da ala esquerda o Plenário e os gabinetes da Câmara Municipal de Campinas, cujo processo de transferência para imóvel próprio no Bairro Ponte Preta foi concluído em 2006. 

Jardins da Prefeitura Municipal de Campinas

Sino da Paz 
O Paço Municipal de Campinas teve sua arquitetura concebida principalmente nos pavimentos tipo (estrutura tipificada), para receber iluminação natural e ventilação cruzada, com o uso adequado das janelas e brises de alumínio (uma inovação para a época) que facilitam e controlam a circulação de ar natural, garantindo assim, um bom nível de conforto em cada local ou pavimento. Há cinco décadas, o prédio já se destacava pelos vãos livres e o número reduzido de paredes de alvenaria. A construção conta com pilotis com pé direito duplo para segurar a laje de transição. Havia flexibilidade espacial, e um cuidado enorme na harmonia paisagística com o verde no entorno. Os detalhes arquitetônicos, a estrutura impecável e a tecnologia de ponta eram referência. Possui uma área construída de 29 mil metros quadrados. Os pisos, pilares e paredes eram revestidos com o imponente mármore branco, que formava uma composição charmosa com taco, em cada Departamento. Ao longo dos anos, o prédio teve suas instalações modernizadas e adequadas às inúmeras demandas. 

Jardins da Prefeitura Municipal de Campinas

Bica de água nos jardins da Prefeitura de Campinas

Jequitibás em frente à Prefeitura de Campinas
O nome do Palácio é uma referência aos jequitibás-rosa centenários que ficavam no terreno dos fundos de um hospital (no qual foi erguido o Palácio), dos quais restaram poucos, entre eles “Seu Rosa” (que tombou sozinho em janeiro de 1999, com aproximadamente 150 anos. Tinha 42 metros de altura e 5,5 metros de circunferência e seis milhões de folhas) e “Seu Rosinha”. O jequitibá-rosa é a árvore-símbolo de Campinas. É nativa do Brasil, sendo das mais altas e belas de nossa flora. Frondosa, com grande copa, floresce de setembro a março exibindo pequenas flores brancas. Depois faz voar suas sementes aladas.

Os Epicuristas de Ricardo Cruzeiro visto da Prefeitura

Os Epicuristas de Ricardo Cruzeiro com a Prefeitura ao fundo

Museu de Arte Contemporânea de Campinas
José Pancetti - MACC
O Museu de Arte Contemporânea de Campinas José Pancetti (MACC) é uma instituição pública municipal, subordinada à Secretaria da Cultura, Esporte e Lazer, e voltada à conservação, estudo e divulgação da arte contemporânea brasileira. Localiza-se em um edifício anexo ao Palácio dos Jequitibás, sob a Biblioteca Municipal Prof. Ernesto Manoel Zink na Avenida Benjamim Constant, no centro de Campinas. O Museu tem, como finalidade, reunir, documentar, estudar, conservar, expor e divulgar a arte, bem como realizar outras atividades artísticos culturais. Também é finalidade do MACC desenvolver atividades artes educativas junto às escolas da cidade e a grupos especiais. Realiza o Salão de Arte Contemporânea de Campinas, uma das mais tradicionais premiações voltadas à produção contemporânea do país.

Obra de arte nos jardins do Museu de Arte Contemporânea

Monumento às Andorinhas, em frente ao Museu
de Arte Contemporânea de Campinas - MACC
Antiga reivindicação de intelectuais e artistas campineiros envolvidos com o movimento contemporâneo nas artes plásticas, como Franco Sacchi, Geraldo Jürgensen e Thomas Perina – entre outros integrantes do Grupo Vanguarda – o Museu de Arte Contemporânea de Campinas foi fundado em setembro de 1965, por ocasião da realização do 1º Salão de Arte Contemporânea de Campinas. Sua Primeira diretora foi a professora Jacy Milani. A princípio, o Museu funcionou no antigo edifício da Companhia Paulista de Força e Luz (CPFL), localizado na Avenida da Saudade. Em 1973, uma doação do empresário e mecenas campineiro Roque Melilo permitiu a construção de um edifício anexo ao Palácio dos Jequitibás, sede do executivo municipal, para abrigar o Museu no andar térreo, ficando o piso superior reservado à Biblioteca Pública Municipal. Em 1976, o MACC se transferiu para suas atuais instalações. Nesse mesmo ano, foi batizado com o nome do pintor modernista campineiro José Pancetti, célebre pelas marinhas e paisagens que realizou ao longo de sua vida.

Museu de Arte Contemporânea visto da Prefeitura

Museu de Arte Contemporânea visto da Prefeitura
Para a formação do acervo, o MACC contou com doações de artistas e colecionadores particulares e com as aquisições feitas em salões e prêmios concedidos pela Prefeitura, Câmara Municipal e por outras instituições públicas e privadas. As premiações do Salão de Arte Contemporânea de Campinas, organizado desde sua primeira edição pelo Museu, constituem, entretanto, a principal forma de ampliação do acervo. O 13º Salão, realizado em 1988, é considerado um marco na história da instituição, pois a partir dessa edição o Museu começa a se abrir às novas linguagens artísticas, como a videoarte e a arte eletrônica. Nas últimas duas décadas, as exposições temporárias do Museu têm ganhado notoriedade, destacando-se as mostras dedicadas a Burle Marx (1990), Salvador Dalí (1998), Lasar Segall (2000), à arte brasileira no acervo da Pinacoteca do Estado (2005), entre outras.

Jardins do Complexo Palácio dos Jequitibás

Interligação da Prefeitura com o 
Museu de Arte Contemporânea
O MACC conta com um acervo de aproximadamente 660 obras, entre pinturas, esculturas e objetos tridimensionais, obras sobre papel, instalações, etc. A coleção aborda majoritariamente a produção contemporânea brasileira, do pós-guerra aos dias de hoje, abrangendo diversas correntes artísticas, da arte figurativa e do abstracionismo às tendências e experimentações eletrônicas mais recentes, além de um pequeno núcleo de arte moderna. Entre os principais artistas representados no acervo, encontram-se Candido Portinari, Lasar Segall, José Pancetti, Burle Marx, Bassano Vaccarini, Amélia Toledo, Sérgio Ferro, Luiz Paulo Baravelli, Cláudio Tozzi, Ivald Granato, Cildo Meireles, Regina Silveira, Emanoel Araújo e Hélio Oiticica, José Roberto Aguilar, Mira Schendel, Valtércio Caldas, Grupo Vanguarda, entre outros.

Jardins do Complexo Palácio dos Jequitibás

Biblioteca Pública Municipal "Prof. Ernesto
Manoel Zink"
A Biblioteca Pública Municipal Prof. Ernesto Manoel Zink foi fundada em setembro de 1946, quando o Grêmio da Escola de Biblioteconomia da Universidade Católica, hoje PUC-Campinas, tendo à frente a Sra. Laura Bierrenbach de Castro Vasconcelos e o professor Ernesto Manoel Zink, realizaram uma campanha junto à população e reuniram inicialmente um acervo de 2.139 volumes. Assim, inaugurou-se uma Biblioteca Pública circulante e infantil, mais tarde ampliada e denominada Biblioteca Pública Municipal. Inicialmente, foi situada em três andares de um edifício na Rua Barão de Jaguara e depois, em maio de 1947, mudou-se para o Teatro Municipal Carlos Gomes, demolido em 1965. Em dezembro de 1959, mudou-se para a Rua Dr. Quirino e, em janeiro de 1966, para a Avenida da Saudade, no então prédio da Secretaria de Educação e Cultura. Em setembro de 1971, a Biblioteca recebe o nome de Biblioteca Pública Municipal Professor Ernesto Manoel Zink. Em janeiro de 1975, o Município de Campinas recebe a doação de Roque Melillo que permite comprar um terreno e construir o prédio onde hoje está situada a Biblioteca e o Museu de Arte Contemporânea de Campinas José Pancetti – MACC.

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