domingo, 29 de maio de 2016

Campinas - As Sete Maravilhas de Campinas

Estação Cultura de Campinas
Campinas tem suas Sete Maravilhas, sim, e a maioria passa por nós todos os dias e nem percebemos. As “Sete Maravilhas de Campinas” foram selecionadas em julho de 2007 pela própria população do município, que votou pela internet na escolha dos seus locais favoritos. O concurso, promovido pela Rede Anhanguera de Comunicações (RAC), proprietárias dos jornais diários Correio Popular, Diário do Povo e do espaço Internet Cosmo, mostrou que a cidade é repleta de belezas naturais, pontos de importância histórica, arquitetônica e cultural, além de espaços de convivência e lazer.  Lugares que merecem ser contemplados, valorizados e festejados. Nos quatro cantos da cidade é possível encontrar história, cultura, natureza e diversão. As Maravilhas, selecionadas entre tantos outros tesouros de um lugar que respira ares de metrópole e conta com uma população superior a um milhão de habitantes, estão aí para serem descobertas e aproveitadas por todos. Sejam bem vindos a essa terra que sempre soube surpreender e acolher bem. A paisagem, com certeza, é de encher os olhos.

Estação Cultura de Campinas

Estação Cultura de Campinas
Em primeiro lugar ficou a Estação Cultura, antiga Estação da FEPASA, que hoje é um espaço cultural. A Estação da Paulista teve sua viagem inaugural entre Jundiaí e Campinas em agosto de 1872. A antiga Estação Ferroviária da Companhia Paulista de Estradas de Ferro, um símbolo da cidade e do desenvolvimento do Estado de São Paulo, mudou de nome, foi devidamente restaurada e transformada em um importante centro de laser e cultura para toda a população em 2013. Oficinas, mostras, cursos, shows, palestras e diversas outras atividades culturais são realizadas durante todo o ano. Por estar na região central e oferecer um fácil acesso, o local é bastante frequentado em todos os dias da semana.

Estação Cultura de Campinas

Estação Cultura de Campinas
Sua torre com o antigo relógio é um dos pontos mais marcantes da cidade. Além de sempre ter sido um ícone do ponto de vista de memória e, mais recentemente, de cultura, lazer e educação, com a criação do Centro Profissionalizante Antônio da Costa Santos (CEPROCAMP) logo ao lado. A Estação Cultura também é vista como um símbolo do desenvolvimento da cidade, que já foi o centro do país na época do café e, agora, surge como um importante polo tecnológico. A Estação serviu de entroncamento de diversas ferrovias, como a Mogiana, a Paulista, o Ramal Férreo Campineiro e a Sorocabana, articulando o trânsito de passageiros e carga entre a capital e o interior do Estado.

Catedral Metropolitana de Campinas

Catedral Metropolitana de Campinas
Em segundo lugar ficou a Catedral Metropolitana. Inaugurada em 1883, a construção da Catedral Metropolitana de Campinas teve início no século XIX, em outubro de 1807. O grande porte da construção já sugeria as pretensões de crescimento da então Vila de São Carlos. As fundações foram feitas em um terreno mais distante do Largo da Matriz Velha (atual área da Basílica do Carmo), para onde se projetava o crescimento da Vila, no início do século XIX. Toda a estrutura foi feita de taipa (técnica construtiva em barro de tradição centenária em São Paulo). Raro exemplar no mundo em taipa de pilão com cunhais de pedra. No interior, há ainda uma movelaria antiga com peças trabalhadas em madeira, cadeiras austríacas, trono episcopal, crucifixo, lustres, candelabros de prata, um órgão de 100 anos, sacristia, relógio de parede e quatro sinos em uma torre com mais de um século.

Catedral Metropolitana de Campinas

Catedral Metropolitana de Campinas
Em 1850, o prédio foi coberto e deu-se início à ornamentação interna feita pelas mãos do mestre escultor baiano Vitoriano dos Anjos. Foram necessários seis anos para que o artista conseguisse esculpir o Altar-Mor, os púlpitos e as grades do coro. Em 1908, a Matriz Nova transforma-se em Catedral de Campinas, devido à criação da Diocese local. É com certeza um dos pontos turísticos mais conhecidos da cidade de Campinas, e, independentemente de questões religiosas, a arquitetura da Catedral é referência histórica. Há ainda o Museu de Arte Sacra da Irmandade do Santíssimo Sacramento, criado em 1967 e composto de 576 peças, entre pinturas, esculturas, medalhas e móveis dos séculos XVIII a XX, além de uma biblioteca com obras raras, partituras musicais, coleções de jornais antigos e cartas pastorais dos bispos.

Lagoa do Taquaral ou Parque Portugal

Caravela Anunciação
Em terceiro lugar ficou o Parque Portugal, popularmente conhecido como Lagoa do Taquaral. O Parque Portugal constitui um dos mais importantes espaços de lazer da cidade. A histórica Fazenda Taquaral, com seus 33 alqueires, foi transformada em Parque no ano de 1972, após a aquisição pela Prefeitura das terras da Família Alves de Lima. Reúne uma grande variedade de espaços recreativos e culturais, a começar pela Lagoa Isaura Telles Alves de Lima, com pedalinhos e uma réplica exata da Caravela Anunciação, nau que trouxe Pedro Álvares Cabral às terras brasileiras. Na extensa área verde que rodeia a lagoa principal, encontram-se bosques destinados a piqueniques, viveiros de pássaros, área com aparelhos de ginástica, playground, lanchonete, sanitários e um percurso de três quilômetros de bondinho. Ainda entre os equipamentos culturais, a Lagoa oferece a Concha AcústicaAuditório Beethoven (com capacidade para duas mil pessoas), o Museu Dinâmico de Ciências, o Planetário, o relógio solar, o Ginásio de Esportes Alberto Jordano Ribeiro, o Balneário Municipal (com três piscinas abertas ao público), além do Kartódromo Afrânio Ferreira Jr., com pista de 800 metros.

Caravela Anunciação no Parque Portugal

Jockey Club Campineiro
Em quarto lugar ficou o centenário Jockey Club Campineiro, que remonta ao período áureo do café. A instituição se formou em 1924, a partir da fusão do Jockey Club com o Clube Campineiro, na Praça Antônio Pompeu. O prédio, com fachadas e decoração interior inspiradas nos palacetes franceses do final do século XVIII, mais precisamente da zona urbana parisiense, segue uma linha muito em voga nos anos 1920, usada na capital paulista para pequenos edifícios. No térreo, o destaque com o elevador todo em ferro e dourado, funcionando perfeitamente desde a época da inauguração. Ponto de encontro importante da cidade no passado (recanto das famílias mais ricas da cidade), o prédio recebeu ao longo dos anos milhares de pessoas em suas badaladas programações culturais, como recitais de piano, violino e canto, declamações e grandes festas carnavalescas, no melhor estilo de sua época áurea, resgatada nos últimos tempos. 

Jockey Club Campineiro

Jockey Club Campineiro
O espaço passou por uma restauração completa recentemente e recebeu nova pintura. O Jockey Club foi uma das maiores atrações da cidade no Natal, com iluminação especial que transformou a antiga e pomposa estrutura em parada obrigatória. A restauração deu novo fôlego ao entorno e contribui para atrair a população ao centro. Antigamente era bastante visitado pelos homens da cidade. Atualmente, é um prédio histórico da cidade de arquitetura muito bonita, mas a tradição continua – se quiser visitar, é só para homens.

Mercado Municipal de Campinas

Mercado Municipal de Campinas
Em quinto lugar ficou o Mercado Municipal de Campinas, localizado na Praça Carlos Botelho, no centro da cidade. Conhecido como Mercadão, foi inaugurado em abril de 1908 pelo Prefeito Orosimbo Maia. Na época da inauguração, passava pelo local a antiga Estrada de Ferro Funilense, transportando sacas de açúcar mascavo, fardos de arroz e feijão, entre outros produtos. O local funcionava também como depósito de açúcar que depois seguia para o Porto de Santos. Apesar de não tão valorizado fisicamente, é um ponto de referência, tal qual o Mercadão de São Paulo. Entre as décadas de 1930 e 1960, foi um espaço onde intelectuais, políticos e jornalistas se encontravam para trocar ideias. Com mais de um século de história, o Mercado abriga hoje 143 boxes. Por ali, passam diariamente uma média de 1.500 pessoas. Característica marcante entre os comerciantes locais é a tradição de permanência familiar dos boxes ao longo dos anos. O espaço é administrado pela autarquia Serviços Técnicos Gerais (SETEC), da Prefeitura. A obra é do arquiteto Ramos de Azevedo.

Mercado Municipal de Campinas

Escola de Cadetes de Campinas
Em sexto lugar ficou a Escola de Cadetes, um projeto em estilo colonial espanhol, idealizado e conduzido pelo arquiteto Ernani do Val Penteado. Em 1944, era escolhido o terreno onde seria erguido o prédio que virou cartão-postal da cidade. Em janeiro de 1959, a sede da Escola era transferida para Campinas, passando a se chamar Escola Preparatória de Cadetes do Exército (EsPCEx). A partir de 1961, com a extinção das Escolas Preparatórias de Fortaleza, no Ceará e de Porto Alegre, no Rio Grande do Sul, a Escola de Cadetes Campineira tornou-se a legítima depositária das tradições do ensino preparatório do Exército Brasileiro. Sua beleza chama a atenção de quem passa e desperta ainda mais durante a noite, quando é todo iluminado.

Escola de Cadetes de Campinas

Escola de Cadetes de Campinas
A Escola de Cadetes de Campinas é uma instituição, cuja missão é preparar candidatos para o ingresso na Academia Militar das Agulhas Negras (AMAN), na cidade de Resende, no Rio de Janeiro, responsável pela formação do oficial combatente do Exército. O ingresso na EsPCEx é feito por intermédio de um disputado concurso de admissão realizado anualmente em todo o país. Sua imponente instalação, cercada de muito verde, com amplos espaços e torres que se destacam na paisagem urbana. Entre outras atrações o prédio abriga uma biblioteca aberta ao público com mais de 12 mil livros.

Torre do Castelo

Torre do Castelo
Em sétimo lugar ficou a Torre do Castelo. O Castelo d’Água, como era chamado, foi criado para abastecer os bairros que se formavam na região norte da cidade. A Torre de 27 metros de altura foi erguida em um ponto estratégico para o desenvolvimento urbano, em um dos extremos da “triangulação geodésica da cidade”, definida pelo Plano de Melhoramento Urbano de Campinas, mais conhecido como Plano Prestes Maia, de 1938. Localizada na Praça 23 de Outubro, no Castelo, foi construída entre 1936 e 1940. Situada a cerca de 735 metros de altitude, é um dos pontos mais altos do perímetro urbano, além de ser um marco geodésico e possuir em seu topo um mirante que permite ver vários bairros da cidade, assim como a Serra do Japi, localizada a aproximadamente 40 quilômetros, em Jundiaí. A rotatória onde se localiza recebe o trânsito de pelo menos meia dúzia de vias, em todas as direções. Além do mirante, abriga o estúdio da Radio Educativa de Campinas e um museu de objetos ligados à distribuição de água da Sociedade de Abastecimento de Água e Saneamento S.A. (SANASA). As seis muradas do mirante contêm informações sobre as regiões e lugares vistos em cada uma delas. A chance de observar Campinas nas mais diversas direções, de um ponto privilegiado, é valiosa e única para visitantes de qualquer idade e uma das melhores formas para acompanhar o crescimento acelerado da cidade e da região à sua volta.

Torre do Castelo

Torre do Castelo
Também participaram da votação vários pontos históricos, naturais ou culturais de Campinas. Dentre eles, destacam-se: o Palácio dos Azulejos, a Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP), o Instituto Agronômico de Campinas (IAC), a Praça Carlos Gomes, a Mata de Santa Genebra, o Bosque dos Jequitibás, o Distrito de Joaquim Egídio, o Complexo Ferroviário, a Área de Proteção Ambiental (APA) Sousas/Joaquim Egídio, o Parque Ecológico, o Rio Atibaia, o Monumento a Carlos Gomes, o Teatro de Arena do Centro de Convivência, a Figueira do Cambuí, o Templo da Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias.

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