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Estação Cultura de Campinas |
Campinas tem suas Sete Maravilhas, sim, e a maioria passa
por nós todos os dias e nem percebemos. As “Sete Maravilhas de Campinas” foram selecionadas em julho de 2007
pela própria população do município, que votou pela internet na escolha dos
seus locais favoritos. O concurso, promovido pela Rede Anhanguera de Comunicações (RAC), proprietárias dos jornais diários Correio Popular, Diário do
Povo e do espaço Internet Cosmo,
mostrou que a cidade é repleta de belezas naturais, pontos de importância
histórica, arquitetônica e cultural, além de espaços de convivência e
lazer. Lugares que merecem ser
contemplados, valorizados e festejados. Nos quatro cantos da cidade é possível
encontrar história, cultura, natureza e diversão. As Maravilhas, selecionadas entre tantos outros tesouros de um lugar
que respira ares de metrópole e conta com uma população superior a um milhão de
habitantes, estão aí para serem descobertas e aproveitadas por todos. Sejam bem
vindos a essa terra que sempre soube surpreender e acolher bem. A paisagem, com
certeza, é de encher os olhos.
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Estação Cultura de Campinas |
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Estação Cultura de Campinas |
Em primeiro lugar ficou a Estação Cultura, antiga Estação da FEPASA, que hoje é um espaço
cultural. A Estação da Paulista teve
sua viagem inaugural entre Jundiaí e
Campinas em agosto de 1872. A antiga
Estação Ferroviária da Companhia
Paulista de Estradas de Ferro, um símbolo da cidade e do desenvolvimento do
Estado de São Paulo, mudou de nome,
foi devidamente restaurada e transformada em um importante centro de laser e
cultura para toda a população em 2013. Oficinas, mostras, cursos, shows,
palestras e diversas outras atividades culturais são realizadas durante todo o
ano. Por estar na região central e oferecer um fácil acesso, o local é bastante
frequentado em todos os dias da semana.
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Estação Cultura de Campinas |
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Estação Cultura de Campinas |
Sua torre com o antigo
relógio é um dos pontos mais marcantes da cidade. Além de sempre ter sido um
ícone do ponto de vista de memória e, mais recentemente, de cultura, lazer e
educação, com a criação do Centro
Profissionalizante Antônio da Costa Santos (CEPROCAMP) logo ao lado. A Estação
Cultura também é vista como um símbolo do desenvolvimento da cidade, que já
foi o centro do país na época do café e, agora, surge como um importante polo
tecnológico. A Estação serviu de entroncamento de diversas ferrovias, como a Mogiana, a Paulista, o Ramal Férreo
Campineiro e a Sorocabana,
articulando o trânsito de passageiros e carga entre a capital e o interior do
Estado.
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Catedral Metropolitana de Campinas |
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Catedral Metropolitana de Campinas |
Em segundo lugar ficou a Catedral Metropolitana. Inaugurada em
1883, a construção da Catedral
Metropolitana de Campinas teve início no século XIX, em outubro de 1807. O
grande porte da construção já sugeria as pretensões de crescimento da então Vila de São Carlos. As fundações foram
feitas em um terreno mais distante do Largo
da Matriz Velha (atual área da Basílica
do Carmo), para onde se projetava o crescimento da Vila, no início do
século XIX. Toda a estrutura foi feita de taipa (técnica construtiva em barro
de tradição centenária em São Paulo).
Raro exemplar no mundo em taipa de pilão com cunhais de pedra. No interior, há
ainda uma movelaria antiga com peças trabalhadas em madeira, cadeiras
austríacas, trono episcopal, crucifixo, lustres, candelabros de prata, um órgão
de 100 anos, sacristia, relógio de parede e quatro sinos em uma torre com mais
de um século.
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Catedral Metropolitana de Campinas |
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Catedral Metropolitana de Campinas |
Em 1850, o prédio foi
coberto e deu-se início à ornamentação interna feita pelas mãos do mestre escultor
baiano Vitoriano dos Anjos. Foram necessários seis anos para que o artista
conseguisse esculpir o Altar-Mor, os
púlpitos e as grades do coro. Em 1908, a Matriz
Nova transforma-se em Catedral de
Campinas, devido à criação da Diocese local. É com certeza um dos pontos
turísticos mais conhecidos da cidade de Campinas,
e, independentemente de questões religiosas, a arquitetura da Catedral é
referência histórica. Há ainda o Museu
de Arte Sacra da Irmandade do Santíssimo Sacramento, criado em 1967 e composto
de 576 peças, entre pinturas, esculturas, medalhas e móveis dos séculos XVIII a
XX, além de uma biblioteca com obras raras, partituras musicais, coleções de
jornais antigos e cartas pastorais dos bispos.
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Lagoa do Taquaral ou Parque Portugal |
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Caravela Anunciação |
Em terceiro lugar ficou o Parque Portugal, popularmente conhecido
como Lagoa do Taquaral. O Parque Portugal constitui um dos mais
importantes espaços de lazer da cidade. A histórica Fazenda Taquaral, com seus 33 alqueires, foi transformada em Parque
no ano de 1972, após a aquisição pela Prefeitura
das terras da Família Alves de Lima.
Reúne uma grande variedade de espaços recreativos e culturais, a começar pela Lagoa Isaura Telles Alves de Lima, com
pedalinhos e uma réplica exata da Caravela
Anunciação, nau que trouxe Pedro Álvares Cabral às terras brasileiras. Na
extensa área verde que rodeia a lagoa principal, encontram-se bosques
destinados a piqueniques, viveiros de pássaros, área com aparelhos de
ginástica, playground, lanchonete, sanitários e um percurso de três
quilômetros de bondinho. Ainda entre os equipamentos culturais, a Lagoa oferece
a Concha Acústica – Auditório Beethoven (com capacidade
para duas mil pessoas), o Museu Dinâmico
de Ciências, o Planetário, o
relógio solar, o Ginásio de Esportes
Alberto Jordano Ribeiro, o Balneário
Municipal (com três piscinas abertas ao público), além do Kartódromo Afrânio Ferreira Jr., com
pista de 800 metros.
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Caravela Anunciação no Parque Portugal |
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Jockey Club Campineiro |
Em quarto lugar ficou o
centenário Jockey Club Campineiro,
que remonta ao período áureo do café. A instituição se formou em 1924, a partir
da fusão do Jockey Club com o Clube Campineiro, na Praça Antônio Pompeu. O prédio, com
fachadas e decoração interior inspiradas nos palacetes franceses do final do
século XVIII, mais precisamente da zona urbana parisiense, segue uma linha
muito em voga nos anos 1920, usada na capital paulista para pequenos edifícios.
No térreo, o destaque com o elevador todo em ferro e dourado, funcionando
perfeitamente desde a época da inauguração. Ponto de encontro importante da
cidade no passado (recanto das famílias mais ricas da cidade), o prédio recebeu
ao longo dos anos milhares de pessoas em suas badaladas programações culturais,
como recitais de piano, violino e canto, declamações e grandes festas carnavalescas,
no melhor estilo de sua época áurea, resgatada nos últimos tempos.
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Jockey Club Campineiro |
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Jockey Club Campineiro |
O espaço passou por uma
restauração completa recentemente e recebeu nova pintura. O Jockey Club foi uma das maiores
atrações da cidade no Natal, com iluminação especial que transformou a antiga e
pomposa estrutura em parada obrigatória. A restauração deu novo fôlego ao
entorno e contribui para atrair a população ao centro. Antigamente era bastante
visitado pelos homens da cidade. Atualmente, é um prédio histórico da cidade de
arquitetura muito bonita, mas a tradição continua – se quiser visitar, é só
para homens.
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Mercado Municipal de Campinas |
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Mercado Municipal de Campinas |
Em quinto lugar ficou o Mercado Municipal de Campinas,
localizado na Praça Carlos Botelho,
no centro da cidade. Conhecido como Mercadão,
foi inaugurado em abril de 1908 pelo Prefeito Orosimbo Maia. Na época da
inauguração, passava pelo local a antiga Estrada
de Ferro Funilense, transportando sacas de açúcar mascavo, fardos de arroz
e feijão, entre outros produtos. O local funcionava também como depósito de
açúcar que depois seguia para o Porto de
Santos. Apesar de não tão valorizado fisicamente, é um ponto de referência,
tal qual o Mercadão de São Paulo.
Entre as décadas de 1930 e 1960, foi um espaço onde intelectuais, políticos e
jornalistas se encontravam para trocar ideias. Com mais de um século de
história, o Mercado abriga hoje 143 boxes. Por ali, passam diariamente uma
média de 1.500 pessoas. Característica marcante entre os comerciantes locais é
a tradição de permanência familiar dos boxes ao longo dos anos. O espaço é
administrado pela autarquia Serviços
Técnicos Gerais (SETEC), da Prefeitura. A obra é do arquiteto Ramos
de Azevedo.
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Mercado Municipal de Campinas |
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Escola de Cadetes de Campinas |
Em sexto lugar ficou a Escola de Cadetes, um projeto em estilo
colonial espanhol, idealizado e conduzido pelo arquiteto Ernani do Val Penteado.
Em 1944, era escolhido o terreno onde seria erguido o prédio que virou cartão-postal
da cidade. Em janeiro de 1959, a sede da Escola era transferida para Campinas, passando a se chamar Escola Preparatória de Cadetes do Exército
(EsPCEx). A partir de 1961, com a
extinção das Escolas Preparatórias de
Fortaleza, no Ceará e de Porto Alegre, no Rio Grande do Sul, a Escola
de Cadetes Campineira tornou-se a legítima depositária das tradições do
ensino preparatório do Exército Brasileiro.
Sua beleza chama a atenção de quem passa e desperta ainda mais durante a noite,
quando é todo iluminado.
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Escola de Cadetes de Campinas |
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Escola de Cadetes de Campinas |
A Escola de Cadetes de Campinas é uma instituição, cuja missão é
preparar candidatos para o ingresso na Academia
Militar das Agulhas Negras (AMAN),
na cidade de Resende, no Rio de Janeiro, responsável pela
formação do oficial combatente do Exército.
O ingresso na EsPCEx é feito por
intermédio de um disputado concurso de admissão realizado anualmente em todo o
país. Sua imponente instalação, cercada de muito verde, com amplos espaços e
torres que se destacam na paisagem urbana. Entre outras atrações o prédio
abriga uma biblioteca aberta ao público com mais de 12 mil livros.
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Torre do Castelo |
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Torre do Castelo |
Em sétimo lugar ficou a Torre do Castelo. O Castelo d’Água, como era chamado, foi
criado para abastecer os bairros que se formavam na região norte da cidade. A
Torre de 27 metros de altura foi erguida em um ponto estratégico para o
desenvolvimento urbano, em um dos extremos da “triangulação geodésica da
cidade”, definida pelo Plano de
Melhoramento Urbano de Campinas, mais conhecido como Plano Prestes Maia, de 1938. Localizada na Praça 23 de Outubro, no Castelo,
foi construída entre 1936 e 1940. Situada a cerca de 735 metros de altitude, é
um dos pontos mais altos do perímetro urbano, além de ser um marco geodésico e
possuir em seu topo um mirante que permite ver vários bairros da cidade, assim
como a Serra do Japi, localizada a
aproximadamente 40 quilômetros, em Jundiaí.
A rotatória onde se localiza recebe o trânsito de pelo menos meia dúzia de
vias, em todas as direções. Além do mirante, abriga o estúdio da Radio Educativa de Campinas e um museu
de objetos ligados à distribuição de água da Sociedade de Abastecimento de Água e Saneamento S.A. (SANASA). As seis muradas do mirante
contêm informações sobre as regiões e lugares vistos em cada uma delas. A
chance de observar Campinas nas mais
diversas direções, de um ponto privilegiado, é valiosa e única para visitantes
de qualquer idade e uma das melhores formas para acompanhar o crescimento
acelerado da cidade e da região à sua volta.
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Torre do Castelo |
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Torre do Castelo |
Também participaram da
votação vários pontos históricos, naturais ou culturais de Campinas. Dentre eles, destacam-se: o Palácio dos Azulejos, a Universidade
Estadual de Campinas (UNICAMP),
o Instituto Agronômico de Campinas (IAC), a Praça Carlos Gomes, a Mata
de Santa Genebra, o Bosque dos
Jequitibás, o Distrito de Joaquim
Egídio, o Complexo Ferroviário,
a Área de Proteção Ambiental (APA) Sousas/Joaquim Egídio, o Parque
Ecológico, o Rio Atibaia, o Monumento a Carlos Gomes, o Teatro de Arena do Centro de Convivência,
a Figueira do Cambuí, o Templo da Igreja de Jesus Cristo dos Santos
dos Últimos Dias.
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