quarta-feira, 25 de maio de 2016

Campinas - Estação Cultura Prefeito Antônio da Costa Santos

Estação Cultura Prefeito Antônio da Costa Santos
A Estação Cultura Prefeito Antônio da Costa Santos, também conhecida como Estação de Campinas, Estação Central de Campinas ou Estação da FEPASA, é a antiga Estação Ferroviária Central da cidade de Campinas, no interior de São Paulo, é administrada pela Secretaria de Cultura de Campinas. Já abrigou as Secretarias de Cultura e Esporte de Campinas. Localiza-se na Praça Marechal Floriano Peixoto ou Largo da Estação, bem no centro da cidade.

Estação Cultura Prefeito Antônio da Costa Santos

Estação Cultura de Campinas
Em meados do século XIX, a cidade de Campinas encontrava-se em franco desenvolvimento em virtude do crescimento da produção cafeeira que, contudo, encontrava sérias dificuldades pela precariedade do sistema de transportes. Para solucionar esta deficiência foi criada a Ferrovia Companhia Paulista de Estradas de Ferro, em 1867, que ligou Campinas a Jundiaí, completando o percurso Santos-Jundiaí, da Estrada de Ferro São Paulo Railway, dinamizando a economia paulista. A Estação de Campinas, inaugurada em agosto de 1872 e construída seguindo-se os padrões arquitetônicos ingleses do século XIX, em estilo gótico vitoriano, é testemunha das profundas transformações urbanas que Campinas vivencia nesse período, sobremaneira dos nascentes processos de industrialização e urbanização. Na época, embora diferente e menor do que o prédio atual, já era a maior das quatro Estações da linha da Companhia Paulista.

Monumento em Homenagem à Companhia Mogiana,
em frente à Estação Cultura

Monumento em Homenagem à
Companhia Mogiana
Em 1884, o antigo prédio foi desativado, tendo sido inaugurado, nesse ano, um novo prédio. O velho prédio sobreviveu mais alguns anos, tendo sido finalmente demolido em 1889, pois não aguentou os danos causados por um enorme formigueiro sob suas fundações que o fez afundar, e aos danos causados por um grande temporal em 1883. O novo prédio foi construído sobre o leito original dos trilhos, em frente à antiga Estação; inicialmente, foi construído apenas o que é hoje a parte central da Estação. Entre 1910 e 1915, um segundo corpo foi construído na ala oeste, além de ter sido instalada a cobertura da entrada principal com estrutura metálica, que, aliás, existe até hoje. E finalmente, nos anos 1920, acrescentou-se todo o segundo pavimento da ala leste o segundo andar da extremidade oeste, onde existem a Sala de Bagagens e a Sala 67. Uma nova Gare (Estação de Estrada de Ferro) foi construída, com cobertura metálica e mais alta, por causa da eletrificação da linha, em 1922. Mais algumas pequenas alterações foram efetuadas nos anos 1930 e 1940.



Interior da Estação Cultura
Antes a Estrada de Ferro fazia o entroncamento viário de diferentes companhias, pois era de lá que partiam ou lá que se reuniam empresas como Mogiana, Ramal Férreo Campineiro e Sorocabana. Pelas linhas férreas passavam sacas de café, maquinários, artigos de consumo e passageiros que viajavam entre a capital e o interior de São Paulo. Foi entre os anos de 1868 e 1891 que Campinas recebeu os primeiros escritórios, casas de carros e vagões, depósitos de locomotivas, marcenaria, carpintaria e armazéns de café da Companhia Paulista de Estradas de Ferro.

Festa da Cultura Japonesa na Estação Cultura

Interior da Estação Cultura
A Estação da Paulista de Campinas servia, a partir de 1913, como baldeação para a linha da Sorocabana, que vinha da sua própria Estação em Vila Bonfim, e seguia para Mairinque. Servia também como baldeação para os passageiros que se dirigiam para a linha da Mogiana, para o norte e nordeste do Estado. Trens de passageiros ainda passavam pela Estação até 2001, época em que partiu o último trem de passageiros, com destino a Araraquara; desde 1999, ela era ponto de partida, e não mais de passagem, para os trens de passageiros da Ferrobam.

Instalações da Estação Cultura

Interior da Estação Cultura
Em 2001, em razão da futura desativação da Rede Ferroviária Federal (RFFSA), o então Prefeito Antônio da Costa Santos, o Toninho, com autorização da União, transformou o espaço num Centro Cultural, administrado pela Prefeitura. A inauguração da Estação Cultura aconteceu em agosto de 2002, exatos 130 anos após ter sido realizada a viagem inaugural do trem que ligava Jundiaí a Campinas. Toninho não chegou a ver a Estação Cultura inaugurada, pois ainda em setembro de 2001, ele foi assassinado. Em setembro de 2011, em sua homenagem, a Estação Cultura passou a ter o seu nome.

Antigo túnel que ligava a Estação de Trem à Vila Industrial

A Coordenadoria Setorial da Estação Cultura tem como missão implementar ações que facilitem a utilização de suas dependências pela população em geral. Composta de um complexo de auditório, salas multiuso, galerias, espaços a céu aberto e patrimônios históricos abertos à visitação, a Estação Cultura é um organismo vivo e plural de efervescência cultural, que facilita diversos tipos de manifestações culturais nacionais e internacionais. Sua política é fomentar as produções culturais dos artistas de Campinas e Região, fornecendo sua estrutura para a realização de eventos, palestras, cursos, ensaios, entre outros. É um importante espaço multicultural da cidade, palco de apresentações artísticas diversas, como a Virada Cultural Paulista, eventos alternativos e encontros de food trucks, entre outros. Desde julho de 2003, com a desativação completa da RFFSA, passou a abrigar um centro cultural, administrado pela Prefeitura.


Mural exposto na Estação Cultura
Após ter atuado como entroncamento de diversas ferrovias, a Estação Cultura é um dos pontos turísticos da cidade. A Estação em meio a festas do centenário sofreu uma grande reforma, dois anos depois de ser tombada pelo Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Artístico, Arquitetônico e Turístico do Estado de São Paulo (CONDEPHAAT). A Estação fica aberta ao público durante o dia. À noite, funciona somente em dias de apresentações artísticas. Um passeio pelo seu interior leva o visitante aos tempos áureos das estações de trem de passageiros. A FEPASA também oferece ao visitante uma oportunidade de ver uma exposição de ferromodelismo com uma maquete, aberta aos sábados para visitação.

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