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Estação Cultura Prefeito Antônio da Costa Santos |
A Estação Cultura
Prefeito Antônio da Costa Santos, também conhecida como Estação de Campinas, Estação Central de Campinas ou Estação da FEPASA, é a antiga Estação Ferroviária Central da cidade
de Campinas, no interior de São Paulo, é administrada pela Secretaria de Cultura de Campinas. Já
abrigou as Secretarias de Cultura e
Esporte de Campinas. Localiza-se na Praça
Marechal Floriano Peixoto ou Largo da
Estação, bem no centro da cidade.
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Estação Cultura Prefeito Antônio da Costa Santos |
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Estação Cultura de Campinas |
Em meados do século XIX, a cidade de Campinas encontrava-se em franco desenvolvimento em virtude do
crescimento da produção cafeeira que, contudo, encontrava sérias dificuldades
pela precariedade do sistema de transportes. Para solucionar esta deficiência
foi criada a Ferrovia Companhia Paulista
de Estradas de Ferro, em 1867, que ligou Campinas a Jundiaí,
completando o percurso Santos-Jundiaí,
da Estrada de Ferro São Paulo Railway,
dinamizando a economia paulista. A Estação
de Campinas, inaugurada em agosto de 1872 e construída seguindo-se os
padrões arquitetônicos ingleses do século XIX, em estilo gótico vitoriano, é
testemunha das profundas transformações urbanas que Campinas vivencia nesse período, sobremaneira dos nascentes
processos de industrialização e urbanização. Na época, embora diferente e menor
do que o prédio atual, já era a maior das quatro Estações da linha da Companhia Paulista.
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Monumento em Homenagem à Companhia Mogiana, em frente à Estação Cultura |
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Monumento em Homenagem à Companhia Mogiana |
Em 1884, o antigo prédio foi desativado, tendo sido
inaugurado, nesse ano, um novo prédio. O velho prédio sobreviveu mais alguns
anos, tendo sido finalmente demolido em 1889, pois não aguentou os danos
causados por um enorme formigueiro sob suas fundações que o fez afundar, e aos danos causados por um grande temporal em 1883. O novo prédio foi
construído sobre o leito original dos trilhos, em frente à antiga Estação;
inicialmente, foi construído apenas o que é hoje a parte central da Estação.
Entre 1910 e 1915, um segundo corpo foi construído na ala oeste, além de ter
sido instalada a cobertura da entrada principal com estrutura metálica, que,
aliás, existe até hoje. E finalmente, nos anos 1920, acrescentou-se todo o
segundo pavimento da ala leste o segundo andar da extremidade oeste, onde
existem a Sala de Bagagens e a Sala 67. Uma nova Gare (Estação de Estrada de Ferro) foi
construída, com cobertura metálica e mais alta, por causa da eletrificação da
linha, em 1922. Mais algumas pequenas alterações foram efetuadas nos anos 1930
e 1940.
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Interior da Estação Cultura |
Antes a Estrada de
Ferro fazia o entroncamento viário de diferentes companhias, pois era de lá
que partiam ou lá que se reuniam empresas como Mogiana, Ramal Férreo
Campineiro e Sorocabana. Pelas
linhas férreas passavam sacas de café, maquinários, artigos de consumo e
passageiros que viajavam entre a capital e o interior de São Paulo. Foi entre os anos de 1868 e 1891 que Campinas recebeu os primeiros
escritórios, casas de carros e vagões, depósitos de locomotivas, marcenaria,
carpintaria e armazéns de café da Companhia
Paulista de Estradas de Ferro.
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Festa da Cultura Japonesa na Estação Cultura |
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Interior da Estação Cultura |
A Estação da Paulista
de Campinas servia, a partir de 1913, como baldeação para a linha da Sorocabana, que vinha da sua própria
Estação em Vila Bonfim, e seguia
para Mairinque. Servia também como
baldeação para os passageiros que se dirigiam para a linha da Mogiana, para o norte e nordeste do
Estado. Trens de passageiros ainda passavam pela Estação até 2001, época em que
partiu o último trem de passageiros, com destino a Araraquara; desde 1999, ela era ponto de partida, e não mais de
passagem, para os trens de passageiros da Ferrobam.
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Instalações da Estação Cultura |
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Interior da Estação Cultura |
Em 2001, em razão da futura desativação da Rede Ferroviária Federal (RFFSA), o então Prefeito Antônio da
Costa Santos, o Toninho, com autorização da União, transformou o espaço num Centro Cultural, administrado pela Prefeitura. A inauguração da Estação Cultura aconteceu em agosto de
2002, exatos 130 anos após ter sido realizada a viagem inaugural do trem que
ligava Jundiaí a Campinas. Toninho não chegou a ver a Estação Cultura inaugurada, pois ainda
em setembro de 2001, ele foi assassinado. Em setembro de 2011, em sua homenagem,
a Estação Cultura passou a ter o seu
nome.
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Antigo túnel que ligava a Estação de Trem à Vila Industrial |
A Coordenadoria
Setorial da Estação Cultura tem como missão implementar ações que facilitem
a utilização de suas dependências pela população em geral. Composta de um
complexo de auditório, salas multiuso, galerias, espaços a céu aberto e
patrimônios históricos abertos à visitação, a Estação Cultura é um organismo vivo e plural de efervescência
cultural, que facilita diversos tipos de manifestações culturais nacionais e
internacionais. Sua política é fomentar as produções culturais dos artistas de
Campinas e Região, fornecendo sua estrutura para a realização de eventos,
palestras, cursos, ensaios, entre outros. É um importante espaço multicultural
da cidade, palco de apresentações artísticas diversas, como a Virada Cultural Paulista, eventos
alternativos e encontros de food trucks, entre outros. Desde julho de 2003, com
a desativação completa da RFFSA,
passou a abrigar um centro cultural, administrado pela Prefeitura.
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Mural exposto na Estação Cultura |
Após ter atuado como entroncamento de diversas ferrovias, a Estação Cultura é um dos pontos
turísticos da cidade. A Estação em meio a festas do centenário sofreu uma
grande reforma, dois anos depois de ser tombada pelo Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Artístico, Arquitetônico e
Turístico do Estado de São Paulo (CONDEPHAAT).
A Estação fica aberta ao público durante o dia. À noite, funciona somente em
dias de apresentações artísticas. Um passeio pelo seu interior leva o visitante
aos tempos áureos das estações de trem de passageiros. A FEPASA também oferece ao visitante uma oportunidade de ver uma
exposição de ferromodelismo com uma maquete, aberta aos sábados para visitação.
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